FPF elabora novo protocolo na tentativa de convencer o MP a liberar a disputa do Paulistão em São Paulo; veja

FPF cria novo protocolo na tentativa de convencer o MP a liberar a disputa do Paulistão em São Paulo.
FPF cria novo protocolo na tentativa de convencer o MP a liberar a disputa do Paulistão em São Paulo. / MB Media/Getty Images
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Em mais uma tentativa de convencer o Ministério Público de que é seguro disputar o Campeonato Paulista em São Paulo na atualidade, a Federação Paulista de Futebol elaborou um novo protocolo sanitário contra a Covid-19 para a realização das partidas. A FPF e os clubes da Série A-1 debateram o tema na manhã desta segunda-feira (29) e hoje mesmo o documento será encaminhado ao MP.

De acordo com informações do ge, o novo protocolo conta com mudanças substanciais no número de pessoas envolvidas nas partidas, no sistema de “bolha like” para manter os atletas e comissões técnicas em locais monitorados e muito mais – veja todas as orientações mais abaixo.  O documento foi assinado pelos médicos da FPF e também pelos profissionais da área dos 16 clubes do Paulistão 2021.

Palmeiras Corinthians Paulistão
FPF produz protocolo mais rígido para tentar convencer O MP a liberar os jogos do Paulistão. / NELSON ALMEIDA/Getty Images

Vale notar que, em uma primeira negociação com o Governo de SP após a paralisação do Estadual no início do mês, a FPF já apresentou ao Ministério Público um protocolo sanitário com mais restrições do que o documento anterior. Neste documento, a Federação previa a diminuição de jogos no período de fase emergencial, um sistema de bolha, uma maior quantidade de testes e corte de 70% no número de pessoas trabalhando em cada partida. O MP não aceitou.

O Campeonato Paulista não está sendo realizado em São Paulo por conta de um decreto do Governo de São Paulo, o qual tomou algumas medidas mais rígidas para tentar conter os avanços do novo coronavírus no estado. Em determinação, o Governo proibiu a realização de eventos esportivos no estado desde o último dia 15. Recentemente, a medida foi ampliada até o dia 11 de abril. Desde então, a FPF, o governador João Doria (PSDB) e o MP debatem o assunto.

Com a proibição da realização das partidas em SP, a FPF decidiu realizar algumas partidas no Rio de Janeiro – e em outros estados. Inicialmente, o Paulistão estava marcado para terminar no dia 23 de maio.

Confira as orientações do novo protocolo produzido pela FPF:

  • Para se manter o conceito de segurança no futebol, no atual momento, deverá haver um “endurecimento” do protocolo anterior, com as seguintes providências de conduta que, sob o ponto de vista médico, devem ser tomadas como necessidades mínimas para continuidade do Campeonato Paulista durante a Fase Emergencial:
  • Manter os atletas em “Ambiente Controlado” (“Bolha like”), entendido como local onde os riscos são monitorados e minimizados.
  • Reforçar e seguir rigorosamente todos os itens do protocolo já definidos na edição anterior;
  • Todos que tiverem que entrar na concentração deverão ser testados nas 24 horas antecedentes;
  • Os atletas, comissão técnica, assim como todos os que estiverem na concentração, devem ser submetidos regularmente aos testes de RT-PCR antes e depois de cada partida, com intervalo máximo de 3 dias entre os testes;
  • Na eventualidade de se ter um teste RT-PCR positivo, além do atleta ser imediatamente afastado; deverá ser orientado o rastreamento de contato, conforme o relato do atleta, para identificar outras possíveis contaminações;
  • Os colaboradores que se deslocarem para suas casas (estafe dos clubes) deverão ser testados diariamente com RT-PCR;
  • Diariamente, todos os colaboradores deverão ter a aferição da temperatura e serem submetidos ao questionário epidemiológico, que será controlado pelo Departamento Médico do clube;
  • Reforçar as orientações do protocolo anterior, para evitar acúmulo de pessoas em determinados ambientes fechados como, Fisioterapia, Academia, Restaurante, Laboratório, vestiários...
  • Reduzir o número de colaboradores e concentrar os que puderem permanecer;
  • Na cozinha, deverá haver fiscalização rigorosa com monitoramento e reforço constante do treinamento dos colaboradores, de acordo com as normas da Associação de Bares e Restaurantes;
  • Em relação à limpeza, a equipe deverá ser treinada e orientada para higienização reforçada, além de manter cheios os reservatórios em locais estratégicos com álcool gel.;
  • Toda e qualquer entrega de embalagem externa deverá ser higienizada com o álcool 70o antes de entrar na concentração;
  • O médico do clube mandante deverá informar ao Comitê Médico da FPF sobre a existência de vagas hospitalares e disponibilidade de leitos de UTI em hospital da cidade, para eventual caso de emergência médica durante a partida. No caso de jogos em outras cidades, o Departamento de Competições da FPF comunicará o Comitê Médico da FPF.

As informações acima são do ge.

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