Cavani no Grêmio foi um devaneio que nem o clube conseguiu estancar; torcida e direção jamais entenderam realidade

Aurelien Meunier/Getty Images
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O sonho (ou seria devaneio?) acabou. Com o anúncio da contratação de Edinson Cavani por parte do Manchester United, fica pausada em ao menos dois anos a verdadeira histeria que se criou junto à torcida do Grêmio por conta da possibilidade de o uruguaio vestir a camisa tricolor. Pois este episódio merece, sim, uma análise mais detalhada.

Alguém pode dizer: se o Grêmio cogitou um projeto a Cavani, pode ir atrás de um outro grande jogador - se não no mesmo patamar, ao menos parecido. Não, isso não vai acontecer. A direção gaúcha, assim como a torcida, apenas sonhou. E alto demais. Quando o presidente Romildo Bolzan Júnior foi aos microfones em uma live do departamento consular, disse que o artilheiro ficou impactado com a repercussão de seu nome e destacou que pretendia conversar novamente com o irmão e agente do astro, ele, como se diz na gíria do futebol, "jogou verde para colher maduro".

Para muitos, recaem em cima do mandatário gremista os louros de, no mínimo, ter imaginado alguém desta magnitude desembarcando em Porto Alegre. Só que ele errou, e muito, ao ter deixado se desenvolver este devaneio coletivo. O Grêmio (e Romildo sabe disso) não tem a estrutura necessária para suportar uma contratação deste quilate - deveria ter, é bem verdade, mas não tem. Aliás, não acredito nem no tal projeto apresentado a Cavani e muito menos no conhecimento por parte de seus profissionais (de futebol e de marketing, principalmente) para lidar com um ídolo de tal tamanho.

O Tricolor, nos últimos tempos, apresenta dificuldades imensas para fechar com reforços que realmente venhar a desequilibrar. Ou seja, ele está muito longe de "poder tudo". Se a diretoria e os gremistas não entendem isso, que me desculpem.

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