As medidas do novo presidente da CBF sobre fair play financeiro no futebol brasileiro
- Dirigente dá pontapé inicial atendendo a pedido de alguns clubes
- Confederação cita que iniciativa visa "modernização do futebol brasileiro"
Por Bia Palumbo

O fair play financeiro que significa um conjunto de regras para que os clubes arrecadem mais do que gastam é um tema que permeia o cenário futebolístico no país há anos. Na Europa e em outras regiões o movimento está consolidado e inclusive pode gerar punição esportiva, como rebaixamento. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) criou um grupo exclusivo para isso e de acordo com o comunicado oficial, a partir desta segunda-feira (9), "clubes e federações terão cinco dias para manifestar interesse em participar do projeto".
"Este grupo de trabalho será formado por representantes da CBF, federações estaduais, clubes das Séries A e B, além de especialistas em finanças, governança e direitos esportivos. Queremos um debate plural e técnico que reflita a realidade do nosso futebol. Em 90 dias teremos um conjunto normativo pronto, regras claras para promover equilíbrio financeiro, transparência e sustentabilidade nos clubes. Essa é a nova CBF, ágil, aberta ao diálogo e comprometida em resolver questões estruturais. O fair-play financeiro não é mais uma promessa, é um projeto em andamento e vamos construí-lo juntos."
- Samir Xaud, presidente da CBF
O que a CBF diz sobre fair play financeiro?
"Em mais uma decisão que marca o compromisso com a modernização urgente do futebol brasileiro, o presidente da CBF, Samir Xaud, assinou nesta segunda-feira (9) uma resolução que institui um grupo de trabalho voltado à criação de um modelo de fair-play financeiro para os clubes do País. A medida simboliza uma ação clara na cultura de gestão do futebol nacional: colocar fim a décadas de desorganização financeira com base em dois pilares inegociáveis - transparência e respeito ao diálogo. A nova CBF se compromete com uma política de portas abertas, onde decisões estratégicas não são tomadas à sombra, mas à luz do debate público e da escuta ativa de todos os envolvidos. A criação desse grupo de trabalho não é apenas uma formalidade - é um gesto concreto. Transparência, neste novo momento, não se resume a relatórios ou discursos. É compromisso com processos claros, com prestação de contas e com a disposição de encarar problemas históricos com a seriedade que eles exigem. Ao estabelecer o diálogo como método e a transparência como valor, o presidente Samir Xaud sinaliza que quer mais que modernizar: quer reconstruir a confiança no futebol brasileiro."
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