De olho no título, Atlético-MG pega R$ 200 milhões em empréstimos e garante gestão conjunta a mecenas
Por Fabio Utz

O Atlético-MG tem um projeto claro: lutar pelo título do Campeonato Brasileiro de 2020. Pois, para isso, conta com uma espécie de gestão compartilhada junto à família Menin, dona de empresas como a MRV e o Banco Inter. Nada menos que R$ 200 milhões já foram repassados ao clube pelo mecenas Rubens Menin.
Questionei Sette Câmara sobre não ter resolvido primeiro passivo e como isso poderia ser problema como no Cruzeiro. Ele diz que faz profissionalização do Galo como a do Flamengo, mas com receita diferente, investindo antes de resolver dívida. E aposta bastante em Menin
— Rodrigo Mattos (@_rodrigomattos_) October 23, 2020
Este plano foi traçado ainda em 2019, com o dinheiro servindo para contratar jogadores, pagar algumas dívidas junto à Fifa e, claro, bancar parte da folha salarial. A ideia é quitar essa dívida com base na valorização de atletas e, também, em ativos da futura Arena MRV. "Procurei o Rubens: 'o que vai adiantar o Atlético inaugurar essa arena e estar na Série B ou na Série C? Vai ser uma tragédia. Não vai emplacar a venda de camarotes, de cadeiras. Quem vai comprar? Veja a situação do Cruzeiro: qual o entusiasmo da torcida? Apertamos a mão'", revelou Sérgio Sette Câmara, ao blog do Rodrigo Mattos.
Menin topou a empreitada desde que seu filho, Rafael, participasse da administração. "A gente não é investidor, é apoiador. A gente sabe da força do clube, da receita do clube. Para fazer um projeto esportivo competitivo e passar por esse período de maior dificuldade, a gente tem que dar esse tipo de suporte para o clube. A gente deve divulgar essa questão por transparência. A gente faz um empréstimo sem custo. Quando o Atlético estiver em uma situação mais confortável, a gente fará a amortização desses empréstimos. A gente quer que o Atlético possa caminhar por si só o quanto antes. Esse é o melhor dos mundos, que eles não dependam do apoio da gente", afirmou o herdeiro.
Se não fosse o Menin entrar (e aí entram as ressalvas q vc colocou de quando/como isso será cobrado) o 7C quebraria o Galo muito rápido
— Vini (@ViniciusMelo_13) October 23, 2020
Segundo as demonstrações financeiras do Galo, até janeiro de 2020 débitos relativos a empréstimos chegavam a R$ 331 milhões. A maior parte do dinheiro repassado pelos Menin ocorreu depois disso. Ou seja, este montante tende a já estar ainda maior.
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