Após recorde de folga, decisão do Grêmio de poupar atletas em segunda partida de 2021 vai contra qualquer realidade
Por Fabio Utz

Desgaste? CK fora da normalidade? Viagem longa? As justificativas do Grêmio para poupar quatro titulares do duelo deste sábado, contra o Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro, não convencem mais ninguém. Ou, ao menos, não deveriam convencer.
Grêmio deveria poupar jogadores apenas em casos pontuais. Para não perder o ritmo e entrosamento. Já vimos esse filme num passado recente.
— valens ??? (@valens_ad) January 8, 2021
Mas as barbies não gostam de viajar.
Analisemos. O Tricolor foi o clube que mais descansou seus atletas na virada de 2020 para 2021. Nenhum grupo recebeu quatro dias de folga para curtir a festa como bem quisesse. O que se viu, através das redes sociais, foi um jogador em cada canto do país - e com todo direito, diga-se de passagem.
Ontem: fazendo conta pra título do Brasileiro
— Grêmio-VK (@gremio_vk1) January 8, 2021
Hoje: Grêmio vai poupar jogadores no Brasileiro
Eu: ? pic.twitter.com/4sALPyhQzR
O retorno às atividades aconteceu somente na última segunda-feira, 48 horas antes de a equipe enfrentar o Bahia. Pois, um jogo depois, com o próximo compromisso sendo apenas na outra sexta-feira, e a comissão técnica, certamente com o respaldo da direção, decide deixar Vanderlei, Kannemann, Jean Pyerre e Diego Souza em Porto Alegre? Não há nenhuma razão plausível para isso.
O problema de poupar jogadores nesse momento, não é porque os poupados vão fazer falta, o Grêmio é muito mais time e tem plenas condições de vencer desfalcado Fortaleza.
— Wilson Santos????? (@wilsantos1903) January 9, 2021
O maior problema pra mim, é que essa medida transmite uma falta de foco no BR, tomara que esteja errado.
Até fevereiro, o time só tem o Brasileirão com que se preocupar. Ou seja, até a famosa opção de preservar nomes de olho em compromissos eliminatórios ou decisivos se esvai. Se Paulo Victor, David Braz, Pinares e Churin fossem do mesmo nível dos titulares, nem assim eu apoiaria esta atitude. É hora de mostrar que o clube quer ganhar, que o clube pode ganhar. Mas acho que ninguém quer fazer isso. Ah, e apenas para terminar: mesmo se vencer o Leão e assumir provisoriamente a vice-liderança (à espera dos duelos de seus rivais diretos, que acontecem entre domingo e segunda), irei manter minha posição. Afinal, jogador não é feito de açúcar e é (bem) pago para jogar.
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