Opinião: Botafogo faz Estrela Solitária brilhar no mundo após jornada épica contra o PSG
- Botafogo superou todas as previsões negativas para construir uma vitória eterna
- PSG reconheceu inferioridade e aceitou a derrota para o campeão da Libertadores

O desafio que muitos achavam impossível superar devido à diferença técnica e econômica entre os atuais clubes que conquistaram a Europa e a América do Sul se transformou em uma das noites mais épicas da história do Botafogo. A vitória diante do PSG no Rose Bowl foi celebrada como se o Fogão tivesse ganho a Copa do Mundo de Clubes já na 2ª rodada, mas o elenco permitiu uma conquista maior do que os três pontos para o torcedor: o resgaste incessante do orgulho.
E toda essa mentalidade vencedora que permitiu a vitória épica começou antes mesmo do apito inicial. Quando o técnico Renato Paiva disse sobre os “cemitérios dos favoritos”, deu para entender que o Fogão trabalhou pensando somente no triunfo, enquanto havia uma sensação de “missão impossível” apontada por comunicadores e torcedores em geral.
Botafogo neutralizou movimentação do PSG de forma perfeita
Renato Paiva demonstrou enorme inteligência ao aplicar um plano de jogo perfeito para o Botafogo, mantendo a formação 4-3-3 nas fases ofensivas e explorando o 4-5-1 sem bola, congestionando o centro e forçando que o PSG apostasse em inversões ou jogadas de velocidade pelas pontas. A equipe francesa naturalmente controlou mais a posse de bola e as ações ofensivas, mas o Fogão demonstrou uma enorme capacidade para explorar contra-ataques e os espaços cedidos nas costas da defesa adversária para atacar.
A estratégia de utilizar os três meias e os três atacantes para proteger o centro foi um risco assumido, deixando os lados mais desprotegidos (principalmente pela direita com Kvaratskhelia e Mayulu). Porém, a aplicação perfeita da estratégia neutralizou infiltrações entre laterais e zagueiros do time de Luis Enrique, que demonstrou incômodo com a falta de fluidez do PSG no terço final.
Os bravos guerreiros alvinegros que já estavam empolgando a torcida por resistir à pressão francesa entraram definitivamente para a história no minuto 36, quando Artur recuperou bola no meio-campo e deixou Savarino livre para acionar Igor Jesus, que venceu sozinho as marcações de Pancho e Beraldo para bater no canto direito e superar o goleiro Donnarumma na mesma trave na qual a Seleção Brasileira conquistou o tetracampeonato mundial em 1994.
Luis Enrique observou atentamente que o panorama do jogo não havia se modificado no início do segundo tempo e resolveu apostar nas entradas de Fabián Ruiz e Nuno Mendes. Apesar disso, o Glorioso manteve sua concentração em altíssima rotação e impediu que o PSG construísse uma chance real de gol no segundo tempo, com o goleiro John fazendo somente uma defesa difícil nos mais de 45 minutos angustiantes antes da concretização de um sonho que parecia impossível.
Estatísticas de PSG 0 x 1 Botafogo
PSG | Botafogo | |
---|---|---|
Posse de bola | 75% | 25% |
Finalizações | 16 | 4 |
Chutes no alvo | 2 | 4 |
Defesas difíceis | 3 | 2 |
Passes (certos) | 749 | 262 |
Desarmes | 19 | 23 |
Desarmes ganhos | 63% | 65% |
Cruzamentos | 6/31 | 1/3 |
Fonte: Sofascore
Fogão se permitiu sonhar com vitórias épicas até o fim do ano
As atuações épicas de Alexander Barboza, Gregore, Jair, Marlon Freitas e Allan representaram a garra que o torcedor do Fogão demonstrou nas arquibancadas do Rose Bowl, sendo um fator decisivo para garantir sempre que o torcedor sonhe em alcançar o topo do mundo. Com esta confiança renovada e com a Estrela Solitária cada vez mais brilhante nos céus, o Botafogo medirá forças contra o Atlético de Madrid podendo somente empatar para avançar às oitavas.
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