CBF planeja adotar Fair Play Financeiro a partir de 2026; entenda
- Vice-presidente da entidade, Ricardo Gluck Paul deu detalhes sobre o planejamento
- 19 clubes da Série A aderiram a ideia
Por Aniele Lacerda

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se prepara para implementar novas ideias em 2026, entra elas o Fair Play Financeiro. A medida conta com o apoio de 19 clubes do Brasileirão Série A, apenas o Mirassol fora, equipes da Série B e federações. O vice-presidente da entidade, Ricardo Gluck Paul, está à frente do planejamento e novas reuniões devem acontecer nos próximos meses.
Inicialmente, o primeiro passo da CBF é formar um grupo com todos os interessados na criação do Fair Play Financeiro. Em seguida, logo após a disputa da Copa do Mundo de Clubes, acontecerá a primeira reunião para a discussão das regras. A intenção da entidade é ouvir clubes que estão bem financeiramente, SAF's, associativos e equipes com alto endividamento.
Ricardo Gluck, vice da CBF, explica primeiros passos do Fair Play Financeiro
Durante entrevista ao portal Globo Esporte, Ricardo Gluck Paul destacou que a prioridade é formar o grupo em até 90 dias. Após isso, acontecerão as reuniões para definições das regras e um esforço para que o Fair Play Financeiro seja implementado a partir do próximo ano. Todavia, o vice-presidente da CBF entende que o processo não será de imediato.
"O objetivo do grupo é ter, em 90 dias a partir do início do grupo de trabalho, um relatório do modelo. A partir daí a presidência define a implementação. O esforço que está sendo feito é para que seja (implementado) em 2026."
- Ricardo Gluck
"Agora, naturalmente, e isso é uma opinião pessoal, creio também que haverá necessidade na implementação de construir uma onda inicial, uma intermediária e assim por diante. É um processo para não criar um colapso. Não é algo a partir de amanhã. Vai ser algo que tenha relevância, que possa ter impacto, que traga o que a gente procura, mas também que tenha implementação responsável."
- Ricardo Gluck
Como será a implementação do Fair Play Financeiro no Brasil?
O documento assinado por Samir Xaud, o qual prevê a criação do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro, cita algumas ressalvas. Por exemplo, o modelo será elaborado em conjunto com todos os interessados, de forma gradual, e respeitará diferenças regionais e situações financeiras das equipes.
Além de representantes da Série A e B e federações, a comissão ainda contará com a ajuda de consultores externos. Com o grupo formado, os membros vão estudar todos os modelos de Fair Play Financeiro implementados em outros países. No entanto, o plano não é repetir a mesma ideia e sim criar um próprio para o futebol brasileiro.
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