Substituto de Isla, Renê atende expectativas e vai além na Libertadores, mas precisa reduzir quantidade de erros
Por Antonio Mota
Sem o chileno Mauricio Isla, que sentiu um desconforto muscular no aquecimento e não pôde ir à campo, Rogério Ceni optou por escalar o lateral-esquerdo Renê na faixa direita na partida entre Flamengo e Racing, no El Cilindro, na Argentina, na noite da última terça-feira (24), pelo jogo de ida das oitavas de final da Conmebol Libertadores. A decisão do treinador surpreendeu a todos, mas, dentro do possível e do contexto do jogo, acabou funcionando bem.
Contestado, o camisa 6 foi escolhido ‘repentinamente’, segundo o próprio Ceni, por ser mais experiente do que o garoto Matheuzinho e por ter uma boa recomposição defensiva, o que se confirmou em campo: Renê foi o atleta do Flamengo com mais desarmes (6) e mais interceptações (2) na partida, segundo dados do Footstats. Ou seja, atendeu às expectativas.
Porém, ainda segundo os números do Footstats, Renê foi além. Ele foi um dos jogadores da equipe com mais cruzamentos (2 – um certo e um errado); deu dois lançamentos (50% de aproveitamento); foi o jogador da partida com mais posse de bola (130 segundos); deu quatro rebatidas; deu uma assistência para finalização; e cometeu apenas uma falta.
E, detalhe, o lateral também foi o jogador com mais passes certos no jogo, tendo acertado 51 dos 64 tentados.
Portanto, mesmo não sendo brilhante, Renê cumpriu bem o seu papel e, novamente, dentro do cenário da partida, conseguiu substituir bem o titular Isla. Dito isto, cabe uma ressalva por conta dos erros bobos do lateral, que acabou se equivocando em determinados lances, falhou em posicionamentos e cometeu erros em fundamentos básicos, como em passes curtos.
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