Sem Jorge Jesus, o Flamengo segue entre os favoritos ao Brasileirão, mas a dinâmica deve ser diferente
Por Antonio Mota
O indomável e multicampeão Flamengo de Jorge Jesus não existe mais. Sem o lendário português, que deixou o clube há 21 dias rumo ao Benfica, o Rubro-Negro Carioca foi ao mercado e trouxe o espanhol Domènec Torrent, que conta com o selo de Pep Guardiola e chega com a missão de não ser um ‘elefante que entra em um quarto pequeno e destrói tudo’, como dito por ele, em sua apresentação.
Agora, sem o Mister, que era tido por todos como o grande responsável pelo enfileiramento recente de títulos do clube – Campeonato Brasileiro (2019), Copa Libertadores (2019), Recopa Sul-Americana (2020), Supercopa do Brasil (2020) e Carioca (2020) –, o que o Mais Querido vai fazer? Será que continua entre os ‘carros-chefes’ do futebol brasileiro e sul-americano? Vai seguir no topo? Bom, logo de cara, sim.
Embora tenha perdido Jorge Jesus, o Flamengo ainda tem um elenco extremamente qualidade e, no geral, acima da média para os parâmetros sul-americanos. Além de uma estrutura absurda, um departamento médico fantástico, uma diretoria excelente (esportivamente falando), e, até que se prove o contrário, um treinador muito qualificado. Ou seja, segue, apesar de uma grande baixa, muito bem preparado.
Em um recorte restrito aos torneios, o Rubro-Negro também vem ‘voando baixo’, tendo experiência de sobra e qualidade suficiente para despontar entre os favoritos, especialmente pelos seus jogadores e demais componentes do departamento de futebol, que devem ajudar demais ao técnico recém-chegado. O mesmo vale para a Copa Libertadores, que, para deixar o cenário ainda melhor para o clube, começa apenas em setembro. E, também, para a Copa do Brasil.
Contudo, embora ainda tenha plenas condições de seguir no topo, o ‘novo Flamengo’ também vai precisar de tempo – como destacado pelo próprio Dome. Ou melhor, o Rubro-Negro vem bem e está preparado, mas ainda vai precisar se readequar ao seu novo comandante e ao que ele for mudar no time, que, no começo, não deve ser muito, mas, que, com o passar do tempo, deve ser agregado.
Em síntese, o Mais Querido ainda vai brigar forte e vai largar como um dos postulantes aos títulos nacionais e internacional. Porém, apesar de tal condição, deve passar por dificuldades normais de uma readaptação.
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