Ex-São Paulo, Álvaro Pereira fala sobre futebol brasileiro e rivalidade paulista: “Era uma guerra”

Em entrevista exclusiva ao 90min, o lateral-esquerdo Álvaro Pereira, do River Plate, do Paraguai, que conta com passagens por Porto, Inter de Milão, São Paulo, Estudiantes e muitos outros clubes da América do Sul e da Europa, comentou sobre o futebol brasileiro, rivalidade paulista e carinho pelo Tricolor. “Quando eu estava no Brasil, me encantava. Eu desfrutava o jogo. Era intenso, vai e vem, vai e vem”, comentou.

Questionado sobre os clubes paulistas que ele mais gostava de enfrentar, o uruguaio destacou o Majestoso e o Choque-Rei. "Corinthians e Palmeiras. Era uma guerra. Me lembro que era uma guerra. Me emocionei no primeiro clássico, no Pacaembu, contra o Palmeiras – vencemos por 2 a 1 – e acho que foi apenas o meu terceiro jogo pelo São Paulo. O mandante era o Palmeiras e os visitantes ficavam num canto. Vi todo mundo pulando, todo mundo cantando".

""Lembro que falei com o Maicon, que agora está no Grêmio, 'tá vendo? Eu sentia falta disso! Sentia falta disso! Isso é futebol!' Sentia falta desse sentimento, os torcedores cantando, pulando, gritando cada um pelo seu time, tudo""

- ressaltou Álvaro Pereira.

"A verdade é que desfrutei e foi incrível. A decisão de ir para o Brasil foi incrível, ainda mais para o São Paulo, onde encontrei um clube de estilo europeu na América do Sul, que não me deixou faltar nada. Fui pra lá emprestado e não fiquei em definitivo depois", acrescentou o lateral, que mostrou ter vontade de voltar ao Morumbi.

"É um clube que me perguntaram recentemente numa entrevista se eu voltaria e eu disse que 'sim'. Porque me senti muito confortável, tenho um carinho enorme pelo clube e pela torcida. Onde também está o Lugano, que tem muita ligação com a minha chegada", completou.

Para finalizar, Álvaro Pereira disse que nunca atuaria por Palmeiras e Corinthians. "Nenhum dos dois. Eu falaria 'muito obrigado, mas não'. Por causa do São Paulo, de onde tenho lindas recordações. Inclusive estive perto do Palmeiras, num dado momento, quando terminei o Brasieirão de 2014. O Alexandre Mattos me procurou, um papo normal, um café, e me perguntou se eu me interessava em ir para o Palmeiras. Eu lhe disse que estava muito cômodo no São Paulo, que estava muito identificado e que meus direitos percentiam à Inter de Milão, que era com eles. Mas que por mim eu seguia no São Paulo", encerrou.

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