Renato mostra que ainda tem o "algo mais", mas Grêmio precisa saber que deu apenas um passo para a retomada

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Se o Gre-Nal desta quarta-feira era um divisor de águas para Renato Portaluppi, ele conseguiu ultrapassá-lo com méritos. A vitória por 1 a 0 em pleno Beira-Rio mostrou, mais uma vez, a capacidade que o técnico do Grêmio tem para mobilizar um grupo quando menos se esperava que isso pudesse acontecer.

A entrevista pós-clássico (muito embora, na minha opinião, ele tenha exagerado na crítica à imprensa e focado pouco nos seus méritos) só foi mais um sinal do quanto ele estava e se sentia pressionado. A sequência de atuações e resultados ruins vinha incomodando, e ninguém na Arena podia garantir que, em caso de derrota para o Internacional, novas trocas na estrutura do futebol não iriam acontecer.

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O treinador sabia disso. Estava nas suas mãos comprovar toda a confiança depositada em cima do seu trabalho para recolocar o Tricolor nos trilhos. E o primeiro passo para isso (sim, foi apenas o primeiro passo) foi dado com louvor. Ao contrário do que acontecia até pouco tempo, Renato entendeu as fragilidades de seu time, mudou o esquema tático. Mostrou que, se algo precisa mudar no Grêmio, isso não passa pelo seu comando.

A vitória (a quarta em cinco jogos contra o Colorado em 2020) foi fundamental, sim, para dar um novo ânimo, para mostrar a cara, para deixar claro que, se o clube sucumbe diante de desmandos e falta de cobrança, seu técnico ainda tem o "algo mais" para dar. Em campo, ao que tudo indica, não está tudo perdido. Pelo contrário. O ótimo resultado dá fôlego, mas é preciso, acima de tudo, saber aproveitar o momento e não apenas tripudiar. Fica a dica.

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