Por que o Atlético de Madrid conseguiu contratar com a janela fechada?
Por Fabio Utz
Em 5 de outubro, o mercado de transferências internacionais na Europa chegou ao fim com uma surpresa: o Arsenal pagou os 50 milhões de euros da cláusula de rescisão de Thomas Partey, e o jogador deixou o Atlético de Madrid para ingressar na equipa inglesa. Agora, porém, o time colchonero foi atrás de um substituto - Kondogbia, ex-Valencia. Como isso é possível, se o período para a aquisição de reforços terminou há quase um mês?
Existe, sim, uma explicação. Conforme consta no Regulamento Geral de La Liga, se um jogador rescindir unilateralmente o contrato de trabalho com sua equipe nos quinze dias finais do período de inscrições, o clube que ficou sem a peça ganha 30 dias para encontrar um novo nome para a posição. Sendo assim, o Atlético teria até 5 de novembro para preencher a vaga. E foi o que aconteceu.
Claro, este não é um processo tão simples. Sendo uma regra exclusiva da liga espanhola, o clube não podia buscar este reforço em outros mercados da Europa que não a Espanha, uma vez que a janela da Uefa se fechou. Além disso, Kondogbia não irá disputar a fase de grupos da Champions League - só poderá ser inscrito com a abertura do mercado de inverno. O Valencia, por sua vez, não terá direito ao mesmo dispositivo do rival. A rescisão não se deu de forma unilateral, com o pagamento da multa. Houve um acerto para o repasse de 10 milhões de euros mais variáveis. Sendo assim, o time de Mestalla precisará esperar até janeiro para compensar a perda do meio-campista.
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