Polônia, Suécia e República Tcheca se recusam a jogar a repescagem da Copa do Mundo na Rússia
Por Matheus Nunes
Nesta quinta-feira (24), diante da invasão russa à Ucrânia, as federações de futebol da Polônia, Suécia e República Tcheca condenaram os ataques e se recusaram a jogar na Rússia pela repescagem da Copa do Mundo. As três seleções estão envolvidas nesta fase das Eliminatórias Europeias.
As partidas decisivas da competição estão marcadas para o dia 24 (semifinal) e 29 (repescagem final) de março. Pela semifinal, a Polônia tem jogo marcado em Moscou, contra a Rússia. Caso os russos avance para a decisão, enfrentarão o vencedor de Suécia e República Tcheca. Os dirigentes de Fifa e Uefa vão se reunir ainda nesta quinta-feira para analisar o pedido das seleções e respondê-las em conjunto.
As federações de futebol da Polônia, da Suécia e da Tchéquia emitiram um comunicado conjunto em que pedem à FIFA e à UEFA que não realizem as Eliminatórias para a Copa do Mundo em solo russo. Em um mês, as 4 seleções decidem uma vaga pro Mundial, com a Polônia pegando a Rússia. pic.twitter.com/zJXbpahDaY
— Copa Além da Copa (@copaalemdacopa) February 24, 2022
No comunicado oficial, a federação polonesa disse que os ataques reduz o nível de segurança das delegações. "A escalada militar que estamos observando está associada a graves consequências e a uma redução significativa do nível de segurança das nossas representações e delegações oficiais".
Confira abaixo o comunicado oficial:
"Com base no atual desenvolvimento alarmante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, incluindo a situação de segurança, as federações de futebol da Polônia, Suécia e República Tcheca expressam sua firme posição de que os jogos dos playoffs para a qualificação para a Copa do Mundo de 2022 no Catar, agendados para 24 e 29 de março de 2022, não devem ser jogados no território da Federação Russa. Os assinantes deste apelo não consideram viajar para a Rússia e jogar partidas de futebol lá. A escalada militar que estamos observando traz sérias consequências e uma segurança consideravelmente menor para os times de futebol e delegações oficiais do nosso país.
Portanto, esperamos que a Fifa e a Uefa reajam imediatamente e apresentem soluções alternativas em relação aos locais onde essas partidas dos playoffs que se aproximam podem ser disputadas".