Pepê é Pepê, Everton é Everton! Tratar atual atacante tricolor como "novo Cebolinha" é uma injustiça
Por Fabio Utz
Pepê é, neste momento, titular incontestável da equipe do Grêmio? Sem dúvida alguma! Se tornou o jogador mais decisivo para a reconstrução da equipe? Isso também esta latente. Mas passar a chamá-lo de novo Everton ainda é exagero.
Trata-se de um jogador que, de um ano para cá, evoluiu consideravelmente. Ele apresentava problemas de conclusão e, por vezes, segurava demais a bola. Isso, ao que tudo indica, já não acontece mais. O atacante consegue clarear as ações com muita facilidade e mostra tranquilidade na hora de definir para o fundo do gol. Hoje, é difícil vê-lo perdendo chances claras em sequência, como acontecia até 2019. Não se abate com eventual erro e mostra rápído poder de recuperação dentro de uma mesma partida.
Todas essas são virtudes que precisam ser destacadas. No entanto, Everton, quando atingiu seu auge na Arena, estava um degrau acima por conta de sua versatilidade. Seja na ponta, vindo para o meio ou até como referência, deixava o adversário na lona em um piscar de olhos. Pepê ainda depende que seja acionado para apresentar todo o seu arsenal, o que é absolutamente natural. Eles não são jogadores iguais, embora tenham valências parecidas. Enquanto Cebolinha possui um estilo mais vistoso, o atual avante azul se mostra mais sedento por partir para cima dos rivais. Ambos são preciosos, cada um ao seu modo. E é calando a boca de eventuais críticos como eu (não via, até pouco tempo, bola suficiente no garoto para herdar esta lacuna na equipe) que o camisa 25 vai crescendo a cada vez que entra em campo.
Para mais notícias do Grêmio, clique aqui.
Quer saber como se prevenir do coronavírus? #FiqueEmCasa e clique aqui.