O que Sampaoli pode tirar de estratégias utilizadas por Guardiola para segurar contra-ataques? Confira

O que Jorge Sampaoli pode tirar dos ensinamentos sobre contra-ataques de Guardiola? Confira.
O que Jorge Sampaoli pode tirar dos ensinamentos sobre contra-ataques de Guardiola? Confira. / Pedro Vilela/Getty Images
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Pep Guardiola e Jorge Sampaoli têm algumas características e perspectivas futebolísticas em comum, como, por exemplo, o respeito por Marcelo Bielsa e uma dor de cabeça ‘partilha’: os contra-ataques. Agressivos e dominantes, os treinadores costumam montar suas equipes para atuarem no campo adversário e também para pressionarem o tempo inteiro, no entanto, até por esse modo de jogar, acabam deixam espaços nas costas e sofrendo em transições ofensivas dos oponentes.

Dito isto, não há o que fazer? É algo irreversível? O Atlético-MG de Sampaoli sempre vai sofrer em contragolpes? Em tese, não. E a resposta vem do próprio catalão. As informações são do SuperEsportes.

Guardiola pode ter a resposta para o problema do Galo de Sampaoli com contra-ataques.
Guardiola pode ter a resposta para o problema do Galo de Sampaoli com contra-ataques. / Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images

Se há uma solução, o que Sampaoli pode fazer? Bom, antes de qualquer coisa, vale destacar aqui que há um mundo de diferença entre o “universo” do Manchester City e o do Atlético-MG, mas que a análise não é sobre investimento, qualidade da liga etc., mas, sim, do que o argentino pode aprender sobre contra-ataques com o espanhol.

Ainda segundo o SuperEsportes, que fez o levantamento do Livro Guardiola Confidencial (2014), do jornalista Martí Perarnau, que acompanhou diariamente o catalão no Bayern de Munique, há quatro estratégias adotas pelo ex-Barça para segurar os contragolpes, sendo:

'1º - Evitar perder a bola nas zonas centrais do campo, que permitem ao rival iniciar essa manobra;
2º - Conseguir, através dos 15 passes de preparação, que seus jogadores estejam muito próximos do ponto de perda da bola e possam recuperá-la imediatamente;
3º - Fazer pressão sobre o primeiro atleta a receber a bola roubada, ou seja, o jogador que está livre na lateral;
4º - Antecipar-se ao último dos adversários que recebe a bola. Nesse caso, será crucial o papel do zagueiro que o acompanha: ‘Em um time que pretende ser protagonista com a bola, o cuidado com os rivais que jogam livres é o principal objetivo defensivo".

MAURO PIMENTEL/Getty Images

Mas e como esses artifícios podem ajudar Sampaoli? Na prática, o argentino já utiliza delas no Galo, no entanto, o que falta é afinar os procedimentos. Ou seja, 1º) evitar perder a bola enquanto o time está ‘desprotegido’; 2º) ter mais concentração no famoso “perde-pressiona”; 3º) não dar espaço para o atleta que recebeu a bola roubada; e 4º) estar sempre ligado ao “último dos adversários que recebe a bola”.

Caso consiga aprimorar e automatizar essas estratégias, há uma grande chance de o Atlético parar de sofrer com contra-ataques, como aconteceu contra vários adversários no Campeonato Brasileiro – Bahia, Botafogo, Santos, Fortaleza, Fluminense, Corinthians etc.

Cabe notar que Sampaoli focou, ao longo da semana, em deixar o Alvinegro mais “equilibrado” e com uma defesa mais sólida. A chance de mostrar os resultados vai ser já na partida deste sábado (24), contra o Sport, no Mineirão, pela penúltima rodada do primeiro turno do Brasileirão.

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