O que prometem aos clubes as empresas interessadas em organizar uma Liga no Brasil

Estrutura do futebol brasileiro pode passar por grandes modificações
Estrutura do futebol brasileiro pode passar por grandes modificações / Buda Mendes/Getty Images
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Foi dado, nesta segunda-feira, mais um passo para a formação de uma liga que visa administrar as séries A e B do Campeonato Brasileiro. Os 40 clubes (36 de forma presencial e 4 por vídeo) que compõem as duas principais divisões do futebol nacional ouviram propostas de três grupos interessados em participar da construção desse bloco. E a promessa é de alto investimento.

Conforme informações obtidas pelo GE.Globo, um dos grupos tem Flavio Zveiter e Ricardo Fort, ex-executivo da Coca-Cola, à frente. Outro é coordenado pela consultoria KPMG, enquanto o terceiro é capitaneado pela empresa Livemode. O portal obteve dados sobre as duas primeiras propostas, que falam em reconfiguração dos torneios, criação de novas receitas, captação de alguns bilhões de reais e refinanciamento de dívidas. A solução passa, principalmente, pela centralização de direitos comerciais e de transmissão para multiplicar as receitas. Isso inclui, claro, direitos de transmissão (dentro e fora do país), naming rights e patrocínios.

Zveiter propõe a abertura de uma Sociedade Anônima, e cada clube seria proprietário de um percentual dessa SA. A captação estimada junto a investidores chegaria a R$ 3,7 bilhões. Já a KPMG idealiza um consórcio, com as partes firmando um contrato que fala em obrigações e direitos comuns, com investimento entre R$ 1,5 bilhão e R$ 3 bilhões e tempo determinado - entre 20 e 30 anos. Em ambos os casos, os clubes entregariam seus ativos para que pudessem ser explorados coletivamente - exceção feita a patrocínios de uniformes e transferências de atletas. Seja na SA ou no consórcio, fundos poderiam adquiriam cotas e, obviamente, participar dos lucros.

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