Investir alto para manter Andreas Pereira é um risco desnecessário que o Flamengo não deveria correr

O Flamengo conseguiu uma importante vitória na noite do último sábado, 25, ao vencer o América-MG por 3 a 0, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Rubro-Negro se afastou da zona de rebaixamento e deu resposta positiva às vésperas do mata-mata da Conmebol Libertadores. Em campo, Andreas Pereira teve mais uma atuação de destaque e que fez o técnico Dorival Júnior fazer novo apelo por sua permanência.

“Para mim seria importantíssimo, a melhor contratação que faríamos neste momento, seria a manutenção do Andreas. Eu torço para que o presidente consiga encontrar um caminho e deixá-lo aqui. É um jogador diferente, que cabe em qualquer circunstância, em todos os sentidos. Participativo, inteligente para atuar. Não tenho dúvidas que ele pode crescer muito na nossa equipe”, afirmou o treinador do Fla após o apito final na 14ª rodada do Brasileirão.

Dinâmico, técnico e com recursos em falta no Brasil, Andreas Pereira é um bom meio-campista e certamente seria muito bem recebido em qualquer equipe do país, mas o Flamengo não deve (ou deveria) contratá-lo. O camisa 18 é uma “bomba” que o clube não precisa carregar. Após o erro na final da última Libertadores, o maior de campo da história da equipe, Andreas recebeu selo que jamais será superado ou deixado para trás.

O meio-campista de 26 anos vai seguir a vida normalmente e isso é o certo, afinal, não é justo reduzi-lo à falha citada, mas essa sombra é pesada demais e mantê-lo é risco desnecessário para o Flamengo. Caso segure Andreas, o Fla vai correr risco a cada mínimo erro do jogador, que será cobrado a cada falha, e poderá investir alto em uma figura com potencial para se tornar a contratação mais insustentável da história do clube.

Afinal, imagine o Flamengo investir mais de R$ 27 milhões no meia e não conseguir sequer colocá-lo em campo? Andreas carrega bagagem pesada e pode ver esse peso aumentar a cada mínima falha. Exemplo disso é o que o aconteceu na semifinal do último Campeonato Carioca, com o camisa 18 sendo vaiado a cada toque na bola após falhar no gol do rival. É um risco alto para o clube e para o próprio atleta.

Quem não lembra da falha de Oliver Kahn na final da Copa do Mundo de 2002? Ou do pênalti perdido por Roberto Baggio, em 1994? Ou das falhas de Loris Karius na decisão da UEFA Champions League de 2018? Ou até do gol perdido por Diego Souza em Corinthians x Vasco na Libertadores de 2012? Essas personalidades, criticadas e apontadas até hoje como vilãs, sabem qual é o cruel peso de grandes falhas no esporte... E Andreas Pereira também.

O melhor caminho, então, para todos, é que o qualificado meio-campista siga para o Manchester United no mês que vem. Clubes não faltarão para ele escolher, e o Flamengo poderá aproveitar o dinheiro economizado para investir em outro bom nome.