Infantino, presidente da FIFA, estava envolvido na criação da Superliga Europeia, afirma jornal

Gianni Infantino, presidente da FIFA, fez declarações públicas contrárias ao conceito da Superliga Europeia.
Gianni Infantino, presidente da FIFA, fez declarações públicas contrárias ao conceito da Superliga Europeia. / Paolo Bruno/Getty Images
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Suspensa em questão de dias, a Superliga Europeia nem chegou perto de uma concretização, mas segue entre os principais assuntos da Europa. Nesta quinta-feira (20), o The New York Times, jornal responsável pela investigação, revelou que a Fifa, por meio de Gianni Infantino, presidente da federação, estava por trás da competição.

Na reportagem, o periódico norte-americano alega, através de fontes e documentos originais, que a maior entidade do futebol sabia do envolvimento dos 12 clubes na criação da Superliga. Além do conhecimento do projeto, os papéis apontaram a necessidade de um acordo com a própria Fifa para que a ideia pudesse ser concretizada. A organização recebia codinome "W01".

Nos documentos, estava declarado que a parceria era "uma condição essencial para a implementação do projeto SL". Tudo fica ainda mais nebuloso quando lembramos do posicionamento de Infantino, que se pronunciou publicamente contrário ao torneio, embora aparentemente soubesse dos planos.

Ao passo em que os rumores surgiram antes do anúncio oficial da Superliga, Aleksander Ceferín, presidente da UEFA, questionou Infantino sobre seu consentimento e envolvimento na causa. À época, o líder da Fifa declarou não apoiar a causa, surpreendendo os envolvidos.

CONDIÇÕES

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Presidente da Fifa tinha conhecimento da Superliga Europeia. / Francois Nel/Getty Images

Ainda segundo a reportagem, durante as reuniões realizadas pelos assessores do presidente, surgiram propostas de alguns times. Em troca do sinal verde da federação, eles concordariam em participar da nova Copa do Mundo de Clubes idealizada pelo comandante, e ainda renunciaram qualquer pagamento pela participação no hipotético torneio. As condições propostas renderiam até 1 bilhão de dólares aos cofres da Fifa. Procurada pelo The New York Times, a entidade não falou sobre o envolvimento de Infantino.