História, aposta e desespero: Luxemburgo vai “dar certo” no Cruzeiro – se é que evitar a Série C é "dar certo"
Por Antonio Mota
O Cruzeiro anunciou, na última terça-feira (3), o seu mais novo treinador para a sequência da temporada. Trata-se de Vanderlei Luxemburgo, que retorna à Toca da Raposa para assumir o cargo deixado pelo técnico Mozart. Velho conhecido no Mineirão, Luxa foi um dos nomes avaliados pela Celeste durante o final de semana – Dorival Júnior e Tiago Nunes também foram cogitados – e chega para sua terceira passagem pelo clube.
Aos 69 anos, Luxemburgo treinou o Cruzeiro em outras duas oportunidades ao longo desse século. Na primeira, entre 2002 e 2004, o treinador fez muito sucesso e conquistou a famosa Tríplice Coroa (Estadual, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro) em 2003. Ao todo, foram 107 jogos, 68 vitórias, 22 empates e 17 derrotas. A segunda passagem foi em 2015, quando acabou não indo muito bem e saindo com apenas 19 partidas – 10 derrotas, 6 vitórias e 3 empates.
Qual das duas versões do Vanderlei Luxemburgo o Cruzeiro contratou? O passado recente do treinador aponta para o de 2015. Mas o fato é que a Celeste não tinha muitas opções. A falta de dinheiro, o cenário caótico dentro e fora de campo, a crise política, os problemas administrativos e todo o contexto da pior fase dos 100 anos do clube afastam os profissionais de BH. E Luxa, no meio disso tudo e das outras alternativas, apesar de tudo, aparece como um boa aposta.
Com Luxa, o Cruzeiro deve conseguir se salvar da Série C. Hoje, com o primeiro turno da Série B do Brasileirão caminhando para o fim, a desesperada Raposa é 18ª colocada na liga, com apenas 13 pontos e menos de 30% de aproveitamento. É muito pouco. É assustador... É um ano centenário de muitas tristezas para o lado azul do Mineirão.
E, pensando que o objetivo do clube mineiro hoje é não sofrer mais um descenso, o qual seria o fundo do fundo do poço, Luxa pode salvar o Cruzeiro e “dar certo” em sua terceira passagem pela equipe. E isso é muito pouco para o tamanho da Raposa, mas é a realidade.
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