Gringos também na base! Grêmio investe em jovens talentos, mas aproveitamento depende de mudança de política

Alexandre Schneider/Getty Images
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Não é apenas para o elenco principal - contratou o centroavante Diego Churín (Cerro Porteño), está em negociações com o meia Gastón Ramírez (Sampdoria) e se interessou pelos volantes Aníbal Moreno (Newell's Old Boys) e Moisés Caicedo (Independiente del Valle) - que o Grêmio abriu os olhos, com força, ao mercado de jogadores sul-americanos. A base, recentemente, também ganhou reforços com essas características.

O centroavante paraguaio Alan Garcete, de 18 anos, chegou a Porto Alegre. O volante colombiano Mateo Velasco Diaz, também. Além disso, os também colombianos Kevin Quejada, centroavante, e Estiven Rivas, meia-atacante, já estavam no clube, retornaram ao país de origem para renovar a carteira de identidade após completarem a maioridade e estão de volta. Todos, emprestados, ficam sob avaliação pelos próximos meses.

Tetê sequer foi aproveitado no time principal do Grêmio
Tetê sequer foi aproveitado no time principal do Grêmio / Quality Sport Images/Getty Images

Agora, se isso terá resultado prático logo ali na frente, ainda é preciso comprovar. Muito embora o Grêmio se volte para o garimpo de talentos e para o incremento de experiências junto aos elencos de suas categorias inferiores, é preciso, sim, dar mais espaço a quem se destaca. Nos últimos tempos, ao apostar em nomes cascudos (na maioria das vezes, sem sucesso), a comissão técnica comandada pelo técnico Renato Portaluppi freou o aparecimento da garotada. Tetê saiu de Porto Alegre sem atuar pelo time de cima e agora brilha na Europa. Com Diego Rosa vai acontecer o mesmo. Também foi um parto para Ferreira se colocar à frente de nomes como Luiz Fernando e Everton.

Ninguém aqui quer tirar os méritos de quem observa jovens e abre as portas a eles em um clube do tamanho do Tricolor. Mas o resultado prático dessa política só será realmente observado se houver tempo e estrutura para o aparecimento do futebol dos garotos. A equipe gaúcha se acostumou a lançar tarde demais as joias oriundas da base. E, para realmente se ter noção do real potencial desses gringos (vem um uruguaio também em seguida), Renato (ou os futuros treinadores) precisará abrir mão daqueles experientes que em nada contribuem. Será que ele topa?

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