Flamengo dá outra negativa disfarçada de contraproposta; Palmeiras será louco se pagar tanto por Pedro
Por Lucas Humberto
De olho nos compromissos da temporada, o Palmeiras coloca o pé no acelerador para buscar o tão aguardado camisa 9. Depois de Lucas Alario, do Bayer Leverkusen, Valentín Castellanos, do New York City FC, e João Pedro, do Cagliari, Leila Pereira resolveu investir no mercado doméstico: Pedro, do Flamengo.
As tratativas, no entanto, prometem ser tão (ou até mais) complicadas quanto qualquer uma das tentativas anteriores. Complexas ao ponto da diretoria rubro-negra ter recusado a oferta de 20 milhões de euros (cerca de R$ 110 milhões) e mais dois jogadores para ter 80% dos direitos econômicos do atleta de 24 anos.
Agora, os cartolas alviverdes estão diante de novas exigências dos cariocas: 25 milhões de euros (R$ 138 milhões), além de Patrick de Paula e Gabriel Menino enquanto moedas de troca. Pedro vale tanto? Esportivamente falando não há dúvidas da qualidade do jogador, que seria titular em 19 dos 20 clubes da Série A. Se brincar até no irregular Fla do Campeonato Carioca...
Financeiramente falando, por outro lado, Pedro não chega nem perto de valer tanto. Não pelas cifras fixadas no próprio camisa 9 - que também são questionáveis, claro -, mas sim pelo complemento: abrir mão de dois jovens atletas com alto potencial de venda seria loucura, falta de estratégia e escassez de visão futura.
Patrick de Paula e Gabriel Menino, hoje, agregam pouquíssimo ao plantel de Abel Ferreira, de fato. Mas em termos de retorno financeiro, imagine só as propostas vindas de uma Major League Soccer (MLS) da vida. Ou do famoso City Football Group. Ao abrir mão de duas joias, o Verdão também se despede de milhões em caixa.
Se o Palmeiras tem 25 milhões de euros pra bancar um centroavante, por qual motivo até agora não conseguiu contratar um?
— Lari? (@CRFLari19) March 9, 2022
E por falar em cifras: com 25 milhões de euros, Leila Pereira consegue um atacante tão qualificado quanto Pedro e com exigência bem menos absurdas. Claro, se deixar de lado a busca por renome e focar no que realmente importa: poder de definição. Não se engane, Palmeiras, a contraproposta do Flamengo nada mais é que outra negativa disfarçada.