Falcão é a principal notícia do Grêmio em 2020, e isso diz muito sobre o planejamento de futebol do clube

LUIS ROBAYO/Getty Images
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Ter o melhor jogador da história do futsal mundial vestindo a camisa do Grêmio em uma competição de Fut7 é, sim, motivo de orgulho. A chegada de Falcão ao Tricolor gera entusiasmo, alegria, sorriso. Afinal, não é sempre que um ídolo de uma nação inteira, sinônimo de vitórias e grandeza, veste a tricolor.

Mas, ao mesmo tempo, este fato (de extrema relevância, repito) precisa gerar uma reflexão importante. A presença de Falcão em Porto Alegre é o que de mais impactante ocorreu para os azuis ao longo de 2020. E isso tem a ver diretamente com uma empresa que está tocando o projeto e se utilizando da marca Grêmio através de uma parceria.

PORNCHAI KITTIWONGSAKUL/Getty Images


O clube, em si, não se mexeu para, no futebol profissional, fazer algo semelhante. Acreditou em um grupo não mais que mediano para chegar em outubro tendo que correr atrás de alternativas (e pagar caro por isso). Flertou com Edinson Cavani, encheu as pessoas de esperança e ficou no quase (ou nem isso, vamos combinar). Externou a vontade de trazer reforços que mexessem com a opinião pública e não avançou. Se o Fut7, mesmo tendo uma empresa por trás, pensou grande, o futebol de campo fez o caminho contrário. Fechou os cofres quando precisava investir e se apequenou ao se utilizar de resultados que pouco agregam à história (título gaúcho e sequência invicta em Gre-Nais) para moldar seu discurso.

O resultado, claro, está aí. Com Falcão, o Grêmio voa. Mas não é nos gramados profissionais. Um olhar de grandeza nunca faz mal. Basta querer e saber utilizá-lo.

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