Conmebol e operadoras apostam em "atrativos" para cativar público a assistir Libertadores em canais pagos

Amilcar Orfali/Getty Images
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A partir da próxima semana, jogos da Libertadores (e, posteriormente, da Copa Sul-Americana) que seriam de exclusividade do SporTV passarão a ser transmitidos em quatro canais pagos criados pela Conmebol em parceria com as operadoras Claro e Sky e com o canal BandSports. Para ter acesso às partidas, será necessário desembolsar R$ 39,90 por mês.

Os canais foram registrados nos órgãos reguladores brasileiros como Conmebol TV, mesmo que pertençam ao BandSports - que tem a prerrogativa de disponibilizar estrutura de narração e comentários. O valor do pacote, segundo o blog do Rodrigo Mattos, foi definido com base na necessidade de a entidade que comanda o futebol sul-americano atingir determinado patamar de receita, mas levando em conta também a experiência das operados, que ficarão com parte da renda.

VANDERLEI ALMEIDA/Getty Images

"É um produto novo. (A Conmebol) Vai ter que descobrir junto com a gente se o preço é esse ou é diferente", analisou Gustavo Fonseca, chefe de marketing da Sky. "A gente tem uma experiência de produtos a la carte. Foi o valor que sugerimos para poder fazer a vender. Vamos analisar na frente se haverá promoção. O Premiere (pacote do Campeonato Brasileiro feito pela Globo) custa mais do que isso", completou Fernando Magalhães, diretor de programação da Claro. Para convencer o público a fazer o investimento, a estratégia é disponibilizar diversos duelos envolvendo equipes nacionais. Na atual edição da Libertadores, serão 37 no total, sendo alguns deles de times do Brasil - para 2021, esse número já sobe para 61.

O pacote também será inflado pela Copa Sul-Americana. Nesta temporada, só sobraram Vasco e Bahia na disputa, mas no ano que vem há uma previsão de 157 embates, englobando todos os seis representantes do Brasil e, também, aqueles que forem eliminados da Libertadores. Ainda existe a possibilidade de disponibilizar outras competições organizadas pela Conmebol. "O que eles disseram é que tem o propósito de crescer o negócio do futebol no Brasil. Se organizar com uma base grande de assinantes, atende quem tem interesses diversos", completou Fonseca. E então, se interessou?

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