Caboclo causa constrangimento no ambiente da seleção em meio a uma denúncia de assédio; dirigente pode se licenciar

Rogério Caboclo, presidente da CBF, está cada vez mais acuado. Em meio a uma denúncia de assédio sexual e moral feita por uma funcionária da instituição que comanda, o dirigente tentou participar do ambiente da seleção brasileira antes da partida contra o Equador, nesta sexta-feira, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. No entanto, gerou constrangimento.

O dirigente, que chegou a Porto Alegre no meio da tarde e sequer foi ao hotel que servia de concentração para os atletas, se cercou de campeões do mundo, como Gilberto Silva, Cafu e Clodoaldo, para fazer um discurso inflamado no vestiário - há relatos, segundo o GE.Globo, de que ele estava alterado. Porém, na roda do elenco, logo foi cortado pelo atacante Neymar e pelo técnico Tite, que buscaram palavras de incentivo aos companheiros.

Caboclo, que acompanhou o duelo de um dos camarotes do Beira-Rio, não tem uma relação nada amistosa com os jogadores e com a própria comissão técnica. A formalização de acusação de assédio veio à tona justamente horas antes do jogo, que terminou com vitória verde-amarela por 2 a 0. Informações dão conta, inclusive, de que o dirigente exigiu que a cerimonialista da CBF negasse o fato, algo que acabou não acontecendo.

Soma-se a isso recentes áudios que comprovam sua submissão a decisões de Marco Polo Del Nero, banido do futebol, e o fato de ter buscado, sem o consentimento de Tite, um novo auxiliar - houve contatos com Muricy e Xavi Hernández, uma vez que existia a intenção de demitir Cleber Xavier - e se vê o quanto o presidente da entidade passa por maus bocados. Isso sem contar, claro, a situação envolvendo a Copa América, que deve ter desdobramentos após o embate de terça-feira, frente ao Paraguai. É possível que Caboclo peça licença de seu cargo na CBF durante a próxima semana.

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