Bastidores: como o Santos reagiu à pressão e aceitou proposta de Robinho para suspensão de contrato
Por Fabio Utz
A sexta-feira para lá de agitada culminou na suspensão do contrato de Robinho com o Santos. Após a divulgação de trechos de escutas utilizados para condenar Robinho (em primeira instância) a nove anos de prisão, na Itália, por violência sexual, a pressão, para ambos os lados, ficou insustentável.
Como destaca o GE.Globo, as falas do atleta caíram como uma verdadeira bomba nos bastidores da Vila Belmiro. Os dirigentes, embora soubessem do processo, não conheciam detalhes, e tão logo tudo veio à tona passaram a discutir o futuro do "homem das pedaladas", que havia sido anunciado como reforço do clube apenas seis dias antes.
Ao mesmo tempo, o questionamento externo também surgia com cada vez mais força. Torcedores, nas redes sociais do Peixe, pediam o término da parceria. Patrocinadores ameaçavam colocar fim aos contratos se o jogador vestisse a camisa alvinegra. Pois o Santos não poderia se dar ao luxo de, em meio a uma grave crise financeira, perder dinheiro. No final da tarde, partiu do próprio jogador o pedido para, ao menos momentaneamente, deixar o acordo de lado. De forma virtual, a direção se reuniu e topou.
A ideia é que Robinho possa se focar exclusivamente na sua defesa. Em 10 de dezembro, a Corte de Apelo de Milão inicia, em segunda instância, a análise do processo. A partir de então, as partes tendem a voltar a conversar. Se o jogador for considerado inocente, pode vir a atuar novamente pelo Peixe. Do contrário, a chamada "última pedalada", foco da campanha que culminou na confirmação da contratação, ficará adiada por tempo indeterminado.
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