Bahia lamenta indiciamento de Ramírez por acusação de injúria racial contra Gerson, do Flamengo; veja nota

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou Índio Ramírez, do Bahia, por acusação de injúria racial contra Gerson, do Flamengo.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou Índio Ramírez, do Bahia, por acusação de injúria racial contra Gerson, do Flamengo. / Alexandre Schneider/Getty Images
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O Esporte Clube Bahia divulgou, na noite da última quinta-feira (5), um comunicado oficial repudiando o indiciamento do meia-atacante colombiano Juan 'Índio' Ramírez pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, pelo crime de injúria racial contra o volante Gérson, do Flamengo. Em nota, o Esquadrão lamentou a situação e a postura de “notória parcialidade” na condução do caso.

Além disso, o Tricolor também alegou que a delegada responsável pelo caso se referiu ao camisa 8 do Rubro-Negro como "nosso jogador" e declarou que a decisão foi "absolutamente despida de qualquer fundamentação probatória". O clube ainda reforçou o apoio ao colombiano e disse que a 'Justiça será feita'.

O CASO

O volante Gerson acusou o meia-atacante Índio Ramírez de racismo na vitória do Flamengo para cima do Bahia, no Maracanã, no dia 20 de dezembro do ano passado, ainda pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Segundo o volante, o colombiano teria dito: “Cala boca, negro”. O colombiano nega o ocorrido. Relembre o caso em detalhes aqui.

Confira, na íntegra, a nota oficial do Bahia sobre o indiciamento:

"O Esporte Clube Bahia vem a público lamentar o indiciamento do meia-atacante colombiano Indio Ramírez pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, muito embora a notícia não cause surpresa, tendo em vista as manifestações públicas preliminares da delegada do caso à imprensa especializada.

“Nosso jogador”. Assim ela se referiu ao volante Gerson, do Flamengo, responsável pela acusação – e que não compareceu ao depoimento perante a Justiça Desportiva -, indicando espectro de notória parcialidade.

O clube teve acesso à integralidade dos depoimentos colhidos no inquérito e pode afiançar à sociedade e à torcida tricolor que a decisão foi absolutamente despida de qualquer fundamentação probatória.

Em todos os momentos do episódio, o Bahia se comportou em busca da verdade dos fatos, sem desmerecer a palavra de Gerson, mas também considerando a presunção de inocência do seu atleta e a necessidade de se produzir prova robusta e incontestável.

Sem a apresentação de fatos novos, conforme aguardamos por mais de um mês, a diretoria tricolor seguirá apoiando Ramírez e tem convicção de que será feita
Justiça, ao tempo em que reafirma a sua posição de clube expoente da luta antirracista no futebol brasileiro".

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