Após dias de medo em meio à guerra na Ucrânia, jogadores brasileiros celebram retorno ao Brasil

Ex-Corinthians, Maycon desembarcou no Brasil na manhã desta terça-feira, 1º.
Ex-Corinthians, Maycon desembarcou no Brasil na manhã desta terça-feira, 1º. / NELSON ALMEIDA/GettyImages
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Após dias de tensão e medo em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, jogadores e outros profissionais brasileiros de Shakhtar Donetsk e Dínamo de Kiev, da Ucrânia, começaram a chegar ao Brasil. Na manhã terça-feira, 1º, o volante Maycon, ex-Corinthians, o lateral Dodô, ex-Coritiba, e outros personagens do mundo da bola, além de seus familiares, desembarcaram em São Paulo e no Rio de Janeiro.  

“Numa palavra não daria para definir esses últimos dias. Foi uma mistura de sentimentos, de terror, de medo. Depois uma sensação de alívio, de gratificação por poder sair e com todos bem”, declarou Maycon, o primeiro a retornar ao Brasil, ao lado da esposa Lyarah Vojnovic e do filho. O volante ainda falou sobre como foi pego de surpresa com a invasão da Rússia à Ucrânia.

"Pegou um pouco a gente de surpresa. Sabíamos do risco, mas tínhamos diversas informações e não acreditávamos que seria daquela forma. Maior tristeza foi porque tinha esposa, filho, pai e mãe comigo e não queria que eles passassem por isso. Mas graças a Deus saímos todos juntos."

reforçou Maycon.

Questionado, o meio-campista do Shakhtar Donetsk revelou que ainda não pensou se vai retornar à Ucrânia após a guerra. Ainda não parei para pensar nisso. Eu só pensava em ir embora dali. A Ucrânia está sofrendo muito e fico realmente muito triste por isso. Temos grandes amigos por lá, sentimos muito por eles e torço para que tudo se resolva”, frisou.

Além de Maycon, outros brasileiros também retornaram ao Brasil via São Paulo, casos do lateral Dodô, do atacante Pedrinho, e do preparador físico Luciano Rosa. O zagueiro Marlon Santos, ex-Fluminense, que também conseguiu fugir da guerra, desembarcou no Rio de Janeiro.  

Já no Brasil, Dodô também falou sobre o retorno à sua terra natal e disse que ainda não pensou na sequência da carreira. “A gente ficou com muito medo porque era uma situação que a gente não esperava. Mas agora é gratidão”, iniciou, completando: “Agora não é momento de falar sobre isso (futebol). Só quero curtir minha família. E torcer para Ucrânia porque é um país que amo”.

É válido informar que outros brasileiros também já conseguiram voltar ao Brasil, caso do volante Fernando, e que outros já deixaram a Ucrânia.  

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