7 cartolas brasileiros que já estiveram envolvidos em escândalos de corrupção
Por Lucas Humberto
Na mira da Justiça, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, foi denunciado por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Como informa o Ministério Público Federal (MPF), o cartola e os demais acusados estão envolvidos em uma operação financeira que resultou na perda de R$ 100 milhões - detalhamos todas as informações neste artigo.
Entidades futebolísticas e demais instituição esportivas não são exatamente conhecidas pelo jogo limpo. Problemas políticos e denúncias graves são apenas algumas das pautas que estão sempre em alta quando o assunto são cartolas brasileiros. Abaixo, relembramos outros casos emblemáticos semelhantes ao de Landim.
1. Ricardo Teixeira
Dinastia? Ricardo Teixeira ficou no cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) durante cinco mandatos consecutivos (1989 - 2012). Ao longo dos anos, "conquistou" uma longa lista de escândalos na conta.
As maiores confusões incluem acusação de fraude em contratos de transmissão da Libertadores, Copa América e Copa do Brasil, tendo embolsando R$ 32 milhões em propinas. Em 2019, a Fifa optou pelo banimento do cartola.
2. João Havelange
De atleta a cartola, João Havelange ficou no cargo de presidente da Fifa entre 1974 e 1998. Assim como grande parte dos citados nesta lista, os casos de corrupção não foram nada isolados.
O mais significativo, no entanto, aconteceu em 2010, quando ele e seu seu genro, Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, foram acusados de aceitar propina da International Sport and Leisure (ISL) - agência suíça de marketing esportivo-, para que a empresa fosse a única a ter contrato com a Fifa. Ele faleceu em 2016.
3. Eurico Miranda
Presidente mais conhecido da história do Vasco da Gama, Eurico Miranda exerceu o mandato no clube por quatro vezes. Muito além das declarações arrojadas e polêmicas, o cartola esteve envolvido em sérios escândalos de corrupção - ele ganharia uma lista inteira facilmente.
Entre as principais denúncias está a acusação de apropriação indébita de dinheiro do Cruzmaltino e falsidade ideológica pelo uso de "laranjas" em desvios de recurso do time. Ele também foi deputado federal do Rio de Janeiro.
4. Marco Polo Del Nero
Atualmente banido do futebol pela Fifa, Marco Polo Del Nero construiu a carreira de cartola sendo presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) e CBF. Suas principais acusações envolvem "suborno e corrupção", "oferecer e aceitar presentes e outros benefícios", "conflitos de interesse" e violação das "regras gerais de conduta". Um escândalo atrás do outro!
5. Vitório Piffero
Persona non grata no Internacional, Vitório Piffero ficou marcado por seríssimas denúncias de corrupção em uma das épocas mais conturbadas do Colorado: a temporada do rebaixamento. O ex-presidente do clube de Porto Alegre, justamente com outras 13 pessoas, foram denunciados por crimes como organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
6. Alberto Dualib
Situação muito semelhante a de Piffero, Alberto Dualib viu seu nome aparecer nos noticiários justamente na fase mais conturbada da história do Corinthians: a campanha da segunda divisão. Os escândalos envolveram desvio de R$ 1,4 milhão dos cofres do clube por meio de um esquema de notas fiscais frias. Ele morreu no mês de julho.
7. José Maria Marin
Finalizamos com um dos casos mais recentes e emblemáticos da lista! Ex-presidente da CBF (2012-2015) e ex-governador de São Paulo, José Maria Marin atingiu um novo nível de escândalo ao ficar cinco anos detido no exterior. As principais denúncias envolvem organização criminosa, fraude bancária e lavagem de dinheiro.
Banido pela Fifa, as acusações do cartola estão entre as mais significativas dos últimos anos. Em 2019, a entidade máxima do futebol comunicou seu afastamento da modalidade: "A investigação sobre o Marin relacionou o ex-presidente a vários esquemas de propinas, em particular durante o período de 2012 e 2015, em relação ao seu papel na concessão de contratos para empresas pelos direitos de mídia e marketing nas competições da Conmebol, Concacaf e CBF".