Textor vê fracasso em ano do Botafogo, mas se defende: "Metade do elenco quis sair"
- Empresário concedeu entrevista ao ge
- No papo, Textor abriu o jogo sobre temporada ruim do Glorioso e fez revelações
Por Nathália Almeida

Perdendo prestígio dentro de alguns setores do Botafogo e convivendo com críticas de alas da torcida alvinegra em virtude do decepcionante ano de 2025 da equipe, John Textor concedeu uma longa entrevista que foi ao ar nesta quarta-feira (8) no ge.globo. Na conversa, o empresário tratou a temporada como um "fracasso", mas rechaçou que tenha cometido erros graves de planejamento. Na visão do norte-americano, a necessidade de remontar metade do elenco em virtude da vontade dos atletas em serem negociados impediu a continuidade do projeto em alto nível.
"Começamos o ano muito mal. Tivemos um treinador (Renato Paiva) com um ótimo sistema de jogo, mas acho que ele o abandonou. Estamos em quarto lugar no Brasileirão. Estou feliz? Eu disse que seria um fracasso se não vencêssemos nada, então é um fracasso. É difícil remotivar o elenco. Olhe para o Fluminense, você ganha um título grande e todos querem sair. Ganhamos títulos e metade dos jogadores quis sair. É normal. Vá ter um novo desafio e ver a Europa. É difícil, não temos o sistema do Palmeiras com um treinador consistente e academia de base. Eu aceito as críticas, mas não aceito o extremismo"
- Textor, em entrevista
Textor faz revelação sobre tentativa de repor Artur Jorge
Ainda na entrevista, o mandatário se defendeu das acusações de que agiu tardiamente e com muita passividade na tentativa de repor a saída de Artur Jorge. Sem medir palavras, Textor relembrou a forma como o comandante lusitano deixou General Severiano e revelou que cinco ou seis técnicos recusaram o convite de comandar o Glorioso. A escolha final acabaria por ser Renato Paiva, que foi anunciado em 27 fevereiro e demitido em meados do ano, após a eliminação do Botafogo para o Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes.
"Falam que foi planejamento ruim, mas adivinhem! Ninguém aceitou o emprego. Não queria falar porque achava que iria fazer mal para a reputação do clube. É melhor que eu leve as críticas, já estou acostumado. Podem falar que foi planejamento, mas ninguém aceitou. Eu sou persuasivo, mas ninguém quis. Se você chegou ao topo, todo treinador sabe que o próximo ano geralmente não vai ser tão bom. Cinco, seis pessoas me recusaram. Talvez eu não tenha sido tão convincente, mas não foi planejamento", revelou.
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