São Paulo confirma saída de médico após polêmica com caneta emagrecedora
- Tricolor vive crise política nos corredores do Morumbis e do CT da Barra Funda
- Profissional investigado era responsável pela estrutura do departamento médico conhecida como TecFut
Por Bia Palumbo

Após um 2025 sem títulos nem vaga na Libertadores, o São Paulo vive uma crise dentro e fora de campo. Pessoas ligadas ao departamento de futebol como o diretor Carlos Belmonte deixaram o clube e nos últimos dias profissionais de saúde também saíram. O mais recente envolve Eduardo Rauen, especialista em Nutrologia e Medicina do Exercício e do Esporte que trabalhava no clube desde o ano passado.
O médico é pivô de uma investigação interna no clube após reportagem do UOL denunciar que ele recomendou a dois atletas o KwikPen, injetável fabricado pela Eli Lilly cujo princípio ativo é tirzepatida, indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, obesidade e sobrepeso, e o fornecedor da medicação não teria autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Minha atuação se limita à avaliação clínica, diagnóstico e tratamento. Já me manifestei publicamente acerca do medicamento Mounjaro, com o objetivo de informar e esclarecer a situação clínica e a natureza estritamente médica da indicação. Demais informações de cunho médico somente podem ser prestadas dentro dos limites éticos e legais, respeitando o dever de sigilo profissional."
- Eduardo Rauen ao UOL
O clube ainda não se manifestou após a publicação da reportagem, mas a ESPN e o UOL informaram que houve rescisão de contrato com Rauen. Nesta semana, antes da divulgação do fornecedor ilegal, o Tricolor já havia se pronunciado sobre o tratamento.
"O São Paulo Futebol Clube vem se manifestar sobre a falsa polêmica de utilização do medicamento Mounjaro. O Clube preza em primeiro lugar, pela reputação, bem-estar, e proteção de todos seus atletas e colaboradores. Por isso, repudia veementemente a divulgação de informações sem confirmação ou autorização de quaisquer pessoas, sobretudo envolvendo questões de saúde. Quaisquer tipo de ações dessa natureza, em busca de publicidade e notoriedade em redes sociais, sem nenhuma autorização de supostos envolvidos, são levianas. A respeito do uso do medicamento, foram realizados tratamentos médicos individualizados, indicados de forma pontual após avaliações clínicas criteriosas em apenas dois atletas do time profissional, e não de maneira generalizada, contínua e indiscriminada. Sendo, no mínimo, desonesto relacionar a medicação como motivo do alto número de lesões na temporada. O Mounjaro é um medicamento regularizado e autorizado pela Anvisa, fabricado pelo laboratório Eli Lilly, um dos maiores e mais respeitados do mundo. Não há qualquer irregularidade no uso do produto, desde que seja de procedência de fabricação original e, como no caso, com indicação, acompanhamento e prescrição médica. O Clube, mais uma vez, afirma que preza pela saúde de seus atletas em todas as categorias e, por isso, busca sempre a excelência profissional em todos os departamentos de saúde. Qualquer conduta na área de saúde praticada por profissionais no clube, sejam prestadores, consultores ou colaboradores, é feita dentro de todas as normas e regulamentações exigidas pela ética profissional e pela legislação vigente."
- Nota oficial do São Paulo
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