Santos vive conflito interno com CEO e tem reunião que deve sacramentar saída de Pedro Martins

Atravessando uma crise sem precedentes na atual temporada, o Santos sofreu mais um impacto considerável nos bastidores. Conforme informações antecipadas pelo jornalista Paulo Vinícius Coelho, do UOL, nesta terça-feira (27), o CEO Pedro Martins pediu para sair do Peixe após divergências consideráveis com a gestão de Marcelo Teixeira. O anúncio oficial deve ser feito após a reunião da cúpula alvinegra.

O CEO buscava implementar um projeto de modernização do clube por meio de decisões que estavam vindo de encontro com diversos membros da atual diretoria. Nas últimas semanas, o executivo ficou muito frustrado com as recusas de demissões e adoção de processos.

As apurações complementares do site “ge” indicam que Marcelo Teixeira estava encaminhando uma decisão para deixar Martins gerenciando somente as áreas administrativas do Santos na Vila Belmiro. Ou seja, perdendo contato direto com os responsáveis pelas decisões do futebol, sendo estes funcionários e membros da diretoria que trabalham no CT Rei Pelé.

Neste caso, Martins ficaria exclusivamente focado na ordem administrativa, sem influenciar nas decisões envolvendo a equipe de futebol. O CEO também ficou muito pressionado pelo péssimo momento do time na atual temporada após a eliminação na 3ª fase da Copa do Brasil. O executivo também foi apontado como “culpado” pela dispensa do atacante Gabriel Veron por ato de indisciplina.

Pedro Martins x Marcelo Teixeira

Apesar da saída ter sido concretizada somente nesta semana, o ambiente interno entre Pedro Martins e os demais dirigentes estava sendo deteriorada nos últimos meses. A situação piorou a partir de abril, quando o CEO deu uma forte declaração em entrevista coletiva apontando que o “saudosismo” seria responsável por “matar o Santos”.

O dirigente apontou que o clube possui problemas crônicos e revelou existir uma falta de integração entre os setores e avaliação do trabalho do departamento médico e de logística. Além disso, o executivo também declarou que “não entregaria a chave do CT para nenhum treinador”, fato apontado como ponto complicador na falha negociação do Peixe com o técnico Jorge Sampaoli.

Pedro Martins foi o responsável pela contratação de Pedro Caixinha e concordou com a demissão, mesmo apontando que as mudanças constantes de comissão técnica consistia em forte problema como o pagamento da multa rescisória no valor de aproximadamente R$ 15 milhões. Vale destacar que o executivo deixou o Botafogo em dezembro de 2024 para assumir o cargo no Santos e foi responsável pelas chegadas de reforços como Neymar, Tiquinho Soares, Álvaro Barreal, Rollheiser e Zé Rafael, dentre outros.

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