Santos define estratégia para tentar evitar transfer ban; entenda
- Santos se apoia no TAS para tentar driblar Transfer Ban
- Time fechou 2024 com uma dívida de quase R$ 1 bilhão
Por Antonio Mota

Em meio a desafios financeiros, o Santos trabalha dentro e fora dos bastidores da Vila Belmiro para ter um segundo semestre mais tranquilo, de menos problemas e polêmicas e de uma boa campanha no Campeonato Brasileiro. Nesse contexto, o Peixe monta estratégias para tratar de pendências, para conseguir se movimentar no Mercado da Bola e, além disso, para evitar sofrer um Transfer Ban na Fifa.
Atualmente, o Alvinegro do litoral de São Paulo tem três dívidas por contratações para solucionar. O valor total desses débitos é de cerca de R$ 43,7 milhões. A equipe já se movimenta para evitar maiores danos e conseguir operar normalmente na próxima janela de transferências – mesmo que não pretenda realizar muitas contratações.
Dívidas e estratégia do Santos
Das dívidas relacionadas a contratações de jogadores e comissões técnicas, uma é mais urgente no Santos, uma vez que poderia impedir o time de realizar contratações neste meio de ano. O Peixe foi condenado pela Fifa a pagar 2,5 milhões de euros (quase R$ 16 milhões na cotação atual) ao Arouca, de Portugal, pela contratação de João Basso. Porém, o clube entrou com recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) e conseguiu tempo para lidar com essa situação.
A estratégia do Santos passa justamente pelo TAS e pela ideia de debater dívidas ao máximo, conforme apuração do ge. O entendimento do departamento jurídico do clube é que todos os processos desportivos, depois da Fifa, podem ir (em recurso) ao Tribunal em questão. Aliás, é pouco provável que o ocorra qualquer decisão no ‘caso Basso’ nos próximos meses.
Além da conta em aberto com o Arouca, o Santos tem uma dívida com o Monaco, da França, pela contratação de Jean Lucas. O valor é de 2 milhões de euros (R$ 12,8 milhões), e o Peixe já foi condenado pela Fifa, mas solicitou explicações e, com os papéis em mãos, planeja ir ao TAS. A avaliação da equipe, por isso, é que não vai sofrer um transfer ban por esse caso nesta janela de transferências.
Mais, o Santos ainda precisa se resolver com Pedro Caixinha e sua comissão técnica, demitidos no último mês de abril. O Peixe demitiu o treinador e seus auxiliares e não chegou a um acordo com eles, que deixaram o time com rescisões unilaterais. Os profissionais cobram R$ 15 milhões de multas rescisórias, que deveriam ser pagos à vista, na Fifa; o Alvinegro Praiano tenta parcelar essa dívida, mas ainda não conseguiu.
A Fifa marcou o julgamento de Caixinha e sua comissão técnica contra o Santos para agosto. Em caso de condenação, o Peixe não descarta ir ao TAS.
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Outras dívidas do Santos
Além das dívidas com times do exterior e com os profissionais portugueses, o Santos costurou um plano de quitação na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para pagar cerca de R$ 42 milhões. O time quitou R$ 2 milhões do total até o mês passado.
Vale notar que o Peixe chegou a uma dívida total de R$ 977,04 milhões no ano passado e, além disso, apresentou um déficit contábil de 105,2 milhões. Em 2024, em meio a dificuldades financeiros, o time sofreu três transfer bans.
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