Samir Xaud diz que profissionalização da arbitragem brasileira está em debate na CBF

  • Tema, no entanto, precisa passar por longa discussão
  • Dirigente afirma que erros dentro de campo incomodam
Dirigente concedeu entrevista em Porto Alegre
Dirigente concedeu entrevista em Porto Alegre / Wagner Meier/GettyImages
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Não há rodada do Campeonato Brasileiro em que a arbitragem não seja pauta de discussões em função de erros (alguns até primários) cometidos pelos responsáveis pela condução das partidas. Pois o assunto 'profissionalização' está em pauta na CBF. Ao menos é o que garante Samir Xaud, presidente da entidade.

Ramon Abatti Abel
Ramon Abatti Abel errou feio em São Paulo x Palmeiras / Miguel Schincariol/GettyImages

Segundo o dirigente, no entanto, não se trata de um processo tão fácil. É preciso amadurecer a ideia e, aí sim, trabalhar em cima de um cenário que possibilite esta alteração. Atualmente, árbitros e auxiliares não possuem vínculo algum com federações ou confederações. Ganham, apenas, o cachê por jogo trabalhado e, via de regra, têm outras atividades em paralelo.

"É uma discussão que segue em pauta, sim. É uma coisa mais profunda. É uma coisa mais delicada, que requer um certo tempo, um certo estudo. Mas está em pauta."

Samir Xaud, presidente da CBF

Arbitragem é tratada como prioridade, diz Xaud

Em entrevista concedida em Porto Alegre, Xaud afirmou que alguns equívocos da arbitragem o deixam apreensivo. Até por isso, foi criado um grupo de trabalho a respeito do tema, mesmo que se saiba que melhorias não aparecem de uma hora para outra.

"Acho que o momento dessa criação do grupo de trabalho é justamente para isso. Trazer as federações. O que nós queremos é melhorar o nosso futebol, melhorar o nosso produto. E com essa criação desses grupos de trabalho a gente torna o processo mais democrático e coloca os clubes também nessas discussões. E acho que é o que necessitamos fazer. Se unir para melhorar o futebol como um todo."

Samir Xaud, presidente da CBF

Investimentos ajudarão em redução de danos

O presidente da CBF relatou, ainda, que por muitos anos a arbitragem brasileira ficou a descoberto, sem investimentos que possibilitassem uma evolução. A partir do ano que vem, haverá, por exemplo, a implementação do impedimento semiautomático. Além disso, quer se trabalhar em cima de educação continuada, treinamentos e novas tecnologias. "Nós estamos buscando sempre fazer o melhor e que nós tenhamos a melhor arbitragem", completou Xaud.

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