Renato Gaúcho revela onde o Al-Hilal ‘atropela’ o Fluminense, mas pondera: “São 11 contra 11”

  • Fluminense enfrenta o Al-Hilal em duelo valendo vaga nas semifinais da Copa do Mundo de Clubes
  • "Queria ver um gringo fazendo um trabalho que eu to fazendo no Fluminense", diz
Técnico do Fluminense, Renato fala sobre o desafio contra o Al-Hilal
Técnico do Fluminense, Renato fala sobre o desafio contra o Al-Hilal / Alex Grimm/GettyImages
facebooktwitterreddit

O Fluminense cruza o caminho do Al-Hilal nesta sexta-feira (4), no Camping World Stadium, em Orlando, a partir das 16h (de Brasília), pelas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa 2025. Às vésperas da decisão, após deixar o Tricolor das Laranjeiras pronto, o técnico Renato Portaluppi concedeu entrevista coletiva e mostrou muita confiança no trabalho que vem realizando: ‘queria ver um gringo fazendo um trabalho que eu to fazendo’.

Na entrevista, o comandante do Flu também analisou o adversário, falou da disparidade financeira do Tricolor para os rivais do Mundial de Clubes e comentou sobre John Arias, Thiago Silva e mais.

Renato Portaluppi
Renato Gaúcho faz grande trabalho no Fluminense / Eurasia Sport Images/GettyImages

Renato Gaúcho confia no trabalho que faz no Fluminense

Renato Gaúcho afirmou que os treinadores estrangeiros são muito valorizados no Brasil e, colocando o Fluminense como o “patinho feio”, desafiou esses profissionais a entregarem os resultados que ele vem obtendo no clube.

"Falo que o Fluminense é patinho feio, não tem o mesmo dinheiro, o nosso grupo pode não ter qualidade de muitos times fortes. Muitas vezes eu gostaria de me colocar no lugar dos treinadores aqui fora, dos clubes do futebol mundial, com tudo que têm, com o plantel de qualidade, podendo mudar o esquema a toda hora, não tem titular. Aí, sim, é bom de se trabalhar. Aí sim, se torna fácil. Muitos falam que gostariam de estar no lugar deles, mas gostaria que um treinador desses viesse treinar um time no Brasil e dar resultado. A imprensa brasileira não valoriza os treinadores brasileiros", iniciou Renato, antes de completar:

"Queria ver um gringo fazendo um trabalho que eu to fazendo no Fluminense. Mas quando é um treinador brasileiro...essa é a realidade. Eu gostaria de estar numa temporada num clube grande da Europa. E eles virem treinar o Fluminense "patinho feio e dar resultado". Aí você vai ver quem é o bom. Tem que valorizar o treinador brasileiro. Se as pessoas não me valorizam, eu tenho que me valorizar. Sempre dou resultado. Alguma coisa eu devo ter."

Renato Gaúcho
Renato Portaluppi
Renato cita o Fluminense como o ‘patinho feio’ na Copa do Mundo de Clubes / Alex Grimm/GettyImages

Al-Hilal é time de nível europeu fora da Europa?

Ao responder sobre o Al-Hilal, que passou pelo Manchester City nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes, Renato destacou que o bilionário time da Arábia Saudita fez um grande jogo diante dos Citizens e considerou que os ingleses ‘menosprezaram um pouco’ o rival.

"Essa parte financeira pra eles [Al-Hilal] sobra. A evolução tem sido grande. Não sei se pode ser comparado a clube europeu. Fora do campo com certeza. Mas dentro do campo ainda não chega a ser um PSG, Real Madrid, City. Mas no último jogo eles fizeram uma grande partida. Se fizesse uma aposta dificilmente apostariam neles. Mas mereceram a vitória. Souberam jogar aquele jogo. O City menosprezou um pouco eles. Achando que poderia ganhar a qualquer momento. Quando acordaram era um pouco tarde. Tem que estar ligado e respeitar o tempo todo. Eles não acharam um gol. Fizeram quatro gols no City".

"Fora do campo eles nos atropelam na parte financeira, dentro do campo são 11 contra 11."

Renato Gaúcho

Ajuda de Thiago Silva contra a Inter de Milão

"É importante para o treinador ter esse tipo de jogador ou mais de um. Às vezes o capitão não é só aquele que usa a faixa. Tem outros jogadores que são líderes e ajudam bastante. Troco bastante ideia com meu grupo e dou essa liberdade para eles. O treinador não vê 100% o jogo. Às vezes o jogador está sentindo algo diferente no campo que pode colocar, ajudar e eu vou analisar ali na hora e ver se é o melhor ou não. Analisei e vi que era a melhor opção [...] Por isso é importante ter esse tipo de jogador, liderança para trocar ideias e ajeitar da melhor maneira. Eu monto o esquema, treino e pergunto se estão conscientes, felizes e aptos a jogar daquela forma. Não adianta montar esquema se o jogador não está feliz daquela forma. Vou muito pelo que eles gostam. Até então, todos eles gostaram apesar do pouco tempo".

Arias cansado, mas confirmado contra o Al-Hilal

"Acho que ele [Arias] é o único jogador, junto com o Fábio e o Freytes, se não me engano, que jogou todos os minutos de todos os jogos. A cada três, quatro dias em campo, o desgaste psicológico do jogo, o desgaste das viagens sem muito tempo para recuperação... Tem horas em que tem que se pensar de melhor forma. Não adianta você ter um jogador que desequilibra dentro de campo, mas não está mais conseguindo correr. Até porque, de repente, pode ter uma lesão. Vamos ver da maneira que ele se comporta amanhã. Tem nos ajudado e feito a diferença, é dessa forma que espero que esteja amanhã também".

Leia mais do Fluminense em:

feed