Preso por racismo, preparador do Universitario-PER terá audiência para saber se será liberto ou seguirá detido
- Profissional foi acusado de ter imitado um macaco a torcedores do Corinthians
- Técnico do time peruano saiu em defesa do colega
Por Fabio Utz

Preso em flagrante por suposto ato de racismo direcionado aos torcedores do Corinthians após a partida pela Copa Sul-Americana, na Neo Química Arena, o preparador físico Sebastian Avellino Vargas, do Universitario-PER, passará por audiência de custódia nesta quarta-feira (12). A partir disso, um juiz do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, vai avaliar se o profissional seguirá detido ou será liberto.
A PM de São Paulo prendeu o preparador do Universitario por caso de racismo após o jogo de ontem.
— Eddie Peugeot 🇵🇹🇧🇷 (@ESPeddieP) July 12, 2023
Alô, CONMEBOL!
Vargas negou a injúria, muito embora três corintianos tenham sido ouvidos como testemunhas e dado relatos semelhantes, ou seja, de que ele imitou um macaco enquanto recolhia os materiais da equipe visitante à beira do gramado. O preparador disse que recebeu cusparadas e apenas questionou o ato. No momento, carregava cones embaixo dos braços.
Sebastian Avellino, preparador físico do Universitário do Peru, foi preso em flagrante por racismo equiparado a injúria racial. O crime é inafiançável e imprescritível no artigo 20 da Lei 7716/89.
— Márcio Reis (@OMarcio_Reis) July 12, 2023
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O técnico do Universitario, Jorge Fossati, saiu em defesa do colega. "Eu conheço ele, trabalha comigo há 13 anos, desde 2010. É um cara muito respeitoso e, segundo ele me falou, mal interpretaram seus gestos. Ele fez gestos de "por que eu?". Estavam xingando ele, cuspindo nele. Infelizmente, coisas do futebol. Parece que o torcedor pode fazer o que quiser, agora, se a gente reage, está errado. É assim", disse. O crime de racismo, no Brasil, prevê pena de um a três anos de reclusão.