Pra mostrar que podemos: 3 vezes que o Inter silenciou o Maracanã e conquistou o Brasil!

#VozDoTorcedor
* Texto escrito pelo colorado Roberto Rosenfeld - Twitter: @rosenfeldrs
Começou a semana mais importante da história desse país desde que Dom Pedro declarou a Independência. Sim, é obvio que nada de tão interessante aconteceu no Brasil nos últimos 200 anos que possa se equiparar ao Internacional ter a maior possibilidade em 41 anos de ganhar novamente o Brasileiro. Repito: Nada! Pois bem: como vi que o Portal 90min frequentemente publica listas como “os 10 melhores”, “5 vezes que..”, resolvi trazer histórias que meu pai nos contava de quando o Inter mandou no Brasil nos anos 70. Fiquem aí com 3 vezes que o Colorado do Sul começou a conquista do Brasil jogando fora de casa e silenciando o Maracanã!
1 – 1975 – Inter x Fluminense: “Vai lá e marca o Rivelino”
Fluminense x Inter pelo campeonato Brasileiro de 1975. pic.twitter.com/4zgFxlFFP9
— Estádio de Laranjeiras¹⁰²ᵃᶰᵒˢ (@Manoel_Schwartz) March 30, 2020
Existia uma lenda nos anos 70 que nunca um time de fora do Eixo RJ-SP ganharia o Brasileirão e o Inter quebrou essa teoria em uma semifinal de Brasileiro no Maracanã. Inter e Fluminense disputaram em jogo único a vaga para a final contra o Cruzeiro. Do lado carioca, a chamada Máquina Tricolor era liderada por Rivelino e tinha todo o favoritismo do seu lado. Rubens Minelli amarrou o Flu e, na preleção, chamou o Caçapava e avisou que ele seria o titular falando: “Vai lá e marca o Rivelino. Se tu anular ele, a gente ganha o jogo”. E o resto da história todo mundo sabe: O famoso elástico do Canhotinha não apareceu, Falcão tocou para Carpegiani marcar um dos gols mais lindos da história do Maracanã e sacramentar a vitória.
2 – 1979 – Inter x Vasco: Do banco de reservas surgiu o herói
20/12/1979 - Vasco 0x2 Inter
— Inter Vídeos Memoráveis (@videos_inter) December 20, 2020
Com 2 gols de Chico Spina, Inter bate o Vasco no primeiro jogo da final do campeonato brasileiro. pic.twitter.com/MnRG3lPSoZ
Podia ser enredo de final de mundial com gol do Gabiru, mas foi no Maracanã em 1979 que um time sem Valdomiro e Falcão aplicou 2 a 0 no Vasco de Roberto Dinamite. Chico Espina saiu do banco de reservas para marcar dois gols e dançar a chula para um Maracanã lotado de vascaínos silenciado e atônito para um invencível Inter Tricampeão.
3 – 1979 - Inter x Palmeiras: Mococa ou Falcão?
Esta foto é do primeiro jogo da semifinal do Brasileiro de 1979 entre Palmeiras x Inter. Foi 2x3 para eles com dois gols do Falcão. Na véspera do jogo um jornal colocou a seguinte mensagem: Falcão ou Mococa?
— Rodrigo Portes (@Portes_1971) January 12, 2020
Antes que você reclame: Não, eu sei que esse jogo não foi no Maracanã. Mas dane-se: o texto é meu e eu resolvi incluir na lista sim! Até porque tenho certeza de que todos que estavam no Maracanã naquele dia também silenciaram assistindo esse jogo. Inter e Palmeiras eram os dois grandes clubes do Brasil naquela época e, antes do duelo no velho Palestra Itália, a imprensa noticiava: “Quem é melhor: Mococa ou Falcão”. O resultado foi uma das maiores atuações da vida do nosso camisa 5, que acabou com o jogo e respondeu à pergunta com a capa do jornal do dia seguinte: “Falcão, é claro”.
Mas agora chega de história e avancemos 40 anos no tempo para falar sobre o dia 21/02/21. Neste dia teremos um reencontro com a história! Quem sabe Rodrigo Dourado será o nosso Falcão (porque sim, Rodrigo Dourado é muito melhor que o Gerson). Talvez Abelão chame Moisés e Lucas Ribeiro e diga: “Vão lá e anulem o Bruno Henrique!” como Minelli fez. Talvez Patrick tenha uma tarde de Carpegiani. E por que Yuri Alberto não pode virar Chico Espina e silenciar o Maracanã mais uma vez?
A marca do Inter desse ano foi essa: Chegar desacreditado, sem muito estardalhaço, e derrubar todos os críticos e favoritos. Foi assim que chegamos até aqui e foi assim que Abel já nos deu a América e o Mundo em 2006. Se essa história vai terminar feliz domingo eu não sei... Mas se acontecer, prepare-se Brasil, prepare-se Planeta e chamem logo a NASA para conter a invasão vermelha que virá de Porto Alegre. Ou, como diria Abel Braga: Vai ser lindo, cara!