Final brasileira? Pênalti não marcado em Marinho é mais um fato que simboliza o descrédito da Conmebol
Por Fabio Utz

Quero começar esse texto fazendo uma combinação com você, que agora me lê: foi muito pênalti de Izquierdoz em Marinho, nesta quarta-feira, no jogo entre Boca Juniors e Santos, na Bombonera, pela semifinal da Libertadores. Aqueles que não enxergam assim (como os homens do VAR - ver diálogo no vídeo mais abaixo), no mínimo, precisam de um óculos mais forte ou entender mais das regras básicas do futebol.
kkkkkkk mds foi muito pênalti no marinho ontem, e olha q ele gosta de se jogar ein
— gabriela belleza ?? (@GabrielaBellez4) January 7, 2021
Pois esta situação, mais uma vez, suscita debates sobre um certo direcionamento por parte da Conmebol em suas competições. É interessante para a entidade ter dois times brasileiros disputando uma final? Claro que não! Se no dia anterior o Palmeiras praticamente encaminhou sua classificação massacrando o River Plate, tentar dificultar as coisas para o Peixe, diante do outro gigante argentino, parece ser o caminho mais natural possível, mesmo que seja através dos bastidores.
Que fique bem claro. Não estou falando em roubo, corrupção, compra de jogos, orientação velada. Falo, sim, de pressão. A Conmebol é uma organização eminentemente política. E assim trabalha. Suas decisões, normalmente, são tomadas de forma retrógrada, tentando acomodar interesses sem abalar prestígio. E assim ela vai levando. Quem não se lembra em 2002, que o Olimpia foi claramente favorecido para chegar à decisão no ano de seu centenário? Ou os erros do árbitro Carlos Amarilla contra o Corinthians, que mais uma vez podia eliminar o Boca e acabou ficando pelo caminho em 2013? Ou a condescendência com as atitudes do River, sua torcida e seu técnico em 2018?
Tá certo que o Marinho deu uma enfeitada feia. Mas, foi pênalti claro, o jogador só acha o corpo do Marinho.
— Bezerra ?️ (@_bezerrarodrigo) January 7, 2021
Não houve ameaça de perda de postos dentro da entidade. Mas árbitros, dirigentes, delegados e juízes que atuam nos corredores da suntuosa sede de Luque sabem que, em agindo contra o que pensa e deseja a cúpula, o prestígio e as oportunidades ficam prejudicados. Eu afirmo e reafirmo: a Conmebol não quer uma final brasileira (ou paulista). E, no que puder, tende a dificultar tal situação, até para não dar espaço demais para uma CBF que também teima em querer aparecer mais do que deveria. Se vai conseguir é outros quinhentos...
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