Dirigente do Cruzeiro diz que tenta reverter perda de pontos, mas falta de credibilidade do clube impede ações
Por Fabio Utz

A notícia que veio na terça-feira caiu como uma verdadeira bomba. O Cruzeiro, já afundado em dívidas, terá que iniciar a disputa da Série B com menos seis pontos. A ordem veio da Fifa, onde a Raposa foi denunciada pelo Al-Wahda por não ter quitado o empréstimo de seis meses do volante Denilson. Em entrevista à rádio 98FM, o presidente do Conselho Gestor do clube, Saulo Fróes, comentou o assunto e disse que está tentando reverter a situação.
Esses 6 pontos que o Cruzeiro perdeu não tem volta gente, a FIFA já bateu o martelo, agora tem que acertar a dívida com o Zorya que vence dia 29 pra não perder mais 6 pontos
— Giulio (@GiulioTeodor1) May 20, 2020
Segundo ele, a pandemia de coronavírus prejudicou a busca por empréstimos e a venda de atletas. Com isso, não foi possível pagar o débito. Agora, os dirigentes tentam diretamente junto aos árabes uma solução, mesmo que a falta de credibilidade no mercado seja mais um empecilho para conseguir recursos urgentes. "Para eles (Al Wahda) não é vantagem o Cruzeiro perder pontos, sair do campeonato, ficar insolvente. Mas, infelizmente aconteceu isso. Nós não estamos prometendo nada, mas ainda estamos tentando reverter isso", disse.
Gostaria muito que um torcedor comum relatasse para a FIFA sobre a situação que se encontra o @Cruzeiro. Confesso que não tenho capacidade para tal, mas seria ótimo que a entidade maior do futebol, tomasse conhecimento total, daquilo que fizeram com o gigante Cruzeiro. Retwitem!
— Gigante Cruzeiro (@Nevesvcn) May 20, 2020
Segundo Fróes, foi solicitada junto à Fifa a suspensão dos processos em função da paralisação dos campeonatos. No entanto, o pedido não foi aceito. A tentativa de parcelamento da dívida também não foi acatada. "Tentamos vários empréstimos, mas a instabilidade política prejudicou a gente demais, porque as pessoas que querem emprestar ao Cruzeiro, além de não haver credibilidade, tem o problema da insegurança jurídica. E a pandemia impediu que a gente conseguisse empréstimo, a gente estava com 95% garantido de um empréstimo e aí veio a pandemia e parou tudo. Tentamos a venda de atletas, estava praticamente fechado a venda de um atleta por um preço excelente, foi justamente na semana da pandemia. Essa situação resolveria a situação da Fifa, os patrocinadores suspenderam os pagamentos e sequer temos receitas de jogos e TV, porque foi tudo adiantado", acrescentou. Ele afirmou que não houve erro por parte da gestão, que todos estava cientes do problema, mas que não havia mais nada que pudesse ser feito de forma imediata. Além disso, adiantou que o novo presidente da Raposa, que será eleito na quinta-feira para um mandato tampão até o final do ano, herdará um déficit de R$ 300 milhões somente referente ao balanço de 2019.
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