Batalha dos Aflitos: nunca entendi o que aconteceu naquele 26 de novembro, e é por isso que nada jamais será igual

JEFFERSON BERNARDES/Getty Images
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Já se passaram 15 anos. Pois a cada 26 de novembro o feito obtido pelo Grêmio na chamada Batalha dos Aflitos fica cada vez mais evidenciado. E eu, como gremista, posso afirmar: nunca mais haverá um jogo como aquele na história da Série B, do Brasil, do futebol...

O que o torcedor tricolor sentiu naquele dia é inexplicável. Não pelo fato de o clube ter subido de volta ao seu lugar, mas pela forma como aquilo aconteceu. O time, vamos combinar, era muito ruim, mas tinha toda capacidade para realizar uma partida tranquila contra o Náutico, obter o empate necessário e, quietinho, ir para as férias e começar a pensar como faria para retomar seu caminho na elite nacional sem proporcionar novo vexame.

Mas a cada lance errado, a cada expulsão, a cada pênalti contra assinalado vinha uma sensação de agonia. Afinal, como reverter? Nenhuma equipe, em todos os tempos, esteve em campo com quatro jogadores e mais e dois pênaltis a favor e não conseguiu seu objetivo. Pois o Grêmio mostrou que era possível, mas só com o Grêmio. Nem sei se chorei, se sorri. Só sei que botei para fora um grito de desabafo, saí para as ruas, estourei as caixas de som do carro com o hino tricolor, fui para a Goethe, me ajoelhei, rezei...enfim...

Se futebol tem lógica, e tem, naquele dia, em 2005, a lógica foi para o espaço. Ao final das comemorações, estava eu caminhando pelas ruas de Porto Alegre, voltando para casa, quando tentei entender o que se passava. Confesso que até hoje não entendi. E é justamente pelo fato de ter ficado sem entender que aquela data é única, e será sempre assim.

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