Abel Braga já é alvo de críticas, e eventual eliminação da Copa do Brasil tende a cair, também, nas suas costas

Abel Braga é um ícone da história do Internacional. Foi ele que, dentro de campo, conduziu o clube às maiores conquistas de sua história. No entanto, não é o fato de sua sétima passagem pelo Colorado ter apenas nove dias que faz o técnico escapar de cobranças.

O profissional foi chamado às pressas para substituir Eduardo Coudet. Chegou a Porto Alegre na terça-feira da semana passada e, pouco mais de 24 horas depois, já dirigiu a equipe frente ao América-MG, pela rodada de ida das quartas de final da Copa do Brasil. A derrota por 1 a 0 em pleno Beira-Rio, com uma atuação reconhecidamente ruim, foi o primeiro golpe em cima do treinador. No sábado, em duelo do Campeonato Brasileiro, o Inter perdeu a ponta da tabela ao levar 2 a 0 da gurizada do Santos. E, obviamente, as críticas se acentuaram.

Abelão virou, sim, um alvo. Muito embora boa parte da pressão recaia sob as costas da direção - na visão da maioria dos torcedores, foram os dirigentes que não tiveram a competência de lidar com o antecessor e, por isso, perderam um profissional tido quase que como uma unanimidade -, há quem não veja no atual comandante condições de fazer a equipe recuperar um patamar e brigar por títulos. A amostragem inicial, na opinião destes críticos, seria a nova realidade do Inter, o que naturalmente o afastaria das disputas em condições de igualdade com os rivais.

O momento exige pressa. Nesta quarta, o clube decide seu futuro na Copa do Brasil tendo que vencer o Coelho em Belo Horizonte se quiser chegar à semifinal do torneio. E, neste caso, não interessa o pouco tempo para treinamento ou as dificuldades de plantel. Eventual fracasso só fará aumentar o coro para cima de quem define as questões do futebol vermelho. Inclusive, o técnico. A bola rola no estádio Independência a partir das 21h30min.

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