Pedrinho defende gestão no Vasco e afirma: "Nunca prometi jogador de alto nível"
- Presidente defendeu diversos pontos de sua gestão e rebateu críticas na coletiva
- Vasco está próximo da zona de rebaixamento do Brasileirão na reta final do 1º turno
Em meio a críticas, Pedrinho, presidente do Vasco, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (24) para falar da sua gestão e comentar sobre o momento turbulento do Gigante da Colina, que vem de eliminação precoce na Copa Sul-Americana e está próximo da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. A seguir, confira os principais pontos abordados durante a conversa com jornalistas no Rio de Janeiro.
Pedrinho defendeu política de contratações do Vasco
Um dos momentos de maior tensão na coletiva aconteceu após questionamento em relação à qualidade dos reforços trazidos pelo Vasco na atual gestão, principalmente em comparação com os rivais Flamengo, Botafogo e Fluminense, trio que disputou a Copa do Mundo de Clubes. Pedrinho disse que jamais prometeu "jogadores de alto nível", ressaltando que o momento financeiro do time não permite a chegada de grandes atletas a São Januário.
"Quando você pega um número frio desse jeito, R$ 60 milhões (em contratações), parece que peguei R$ 60 milhões e investi, assim, no talo. E R$ 60 milhões no talo, você vai falar, que eu poderia contratar um jogador da primeira prateleira. As contratações não são feitas dessa forma, têm que caber dentro de um fluxo de caixa que consigo pagar. Nos momentos ruins, obviamente os exemplos das contratações vão ser os atletas que por algum motivo ainda não performaram, mas tem contratações que performaram.
- Pedrinho sobre investimento no Vasco
Cada vez mais nas janelas a gente tenta ser mais assertivo, é difícil sem investimento ver os rivais com muito investimento, a cobrança aumenta por isso. Mas a construção desse raciocínio não tem que ser no valor fechado de R$ 60 milhões porque fica uma construção difícil para explicar. Deixando claro que em nenhum momento nas janelas falei que contrataria qualquer jogador de nível de Real Madrid, nunca prometi isso a ninguém. Minha promessa aqui foi sempre honrar os compromissos, por mais que isso seja muito doído para o torcedor."
Venda de mandos de campo em jogos do Brasileirão
Outro ponto que levantou muitas críticas por parte da torcida cruzmaltina consistiu na venda do mando de campo do clássico contra o Botafogo, pela 13ª rodada do Brasileirão, disputado em Brasília (Estádio Mané Garrincha) com vitória do Glorioso por 2 a 0. O mesmo estádio recebeu o confronto diante do Palmeiras, pela 7ª rodada, em outra derrota do Gigante da Colina.
Pedrinho defendeu a venda de mandos de campo para reforçar os cofres do Vasco, identificando oportunidades de evitar problemas salariais no elenco com esses acordos. Além disso, o presidente cruzmaltino revelou que recusou uma proposta para enfrentar o Corinthians fora de São Januário.
"Vendi aqueles dois jogos por R$ 4 milhões (Palmeiras e Botafogo) porque eu precisava juntar dinheiro para pagar o mês seguinte. Quando falo a realidade, sou criticado, porque dizem que estou afastando os jogadores do Vasco. Então prefiro tomar porrada e não falar.
- Pedrinho sobre vendas de mando
A gente teve uma proposta para vender o jogo contra o Corinthians por R$ 4 milhões, e eu não aceitei. Se a gente tivesse com 25 pontos, talvez eu venderia. Perguntei ao compliance: dá para não vender? Eles disseram que dava. Então eu não vendi."
Pedrinho revelou furto de energia elétrica no Vasco
Um dos momentos que mais chamou atenção na coletiva ocorreu quando Pedrinho foi questionado sobre a penhora da Sede do Calabouço do Vasco, por conta de uma Execução Fiscal no valor de R$ 28 milhões, acusada pela oposição política. Neste momento, Pedrinho revelou que as contas de luz aumentaram significativamente de valor devido ao encerramento de um "gato", nome dado ao furto de energia elétrica em estabelecimentos comerciais e residenciais no Rio de Janeiro.
"Um grupo de oposição criticou o aumento nos custos de água e luz do Calabouço. Realmente aumentaram, mas sabem o motivo? Porque tinha gato. Tinha gato na sede do Vasco, no Calabouço. Eu fui lá, reconheci a dívida de R$ 150 mil, e o custo, naturalmente, aumentou."
- Pedrinho sobre irregularidade elétrica
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Vasco ainda não encontrou investidor para revender SAF
Pedrinho também foi questionado sobre o processo de revenda da SAF após a saída da 777 Partners, mas o presidente afirmou que ainda não apareceram empresas dispostas a investir novamente no Vasco. Por fim, o mandatário atualizou o valor da dívida atual do clube, a qual está no valor de R$ 1,4 bilhão, e disse que renunciará ao comando caso esteja sentindo que está "atrapalhando" o clube.
"O meu desejo é que apareça um investidor. A responsabilidade é grande para encontrar a pessoa certa. Temos uma empresa trabalhando nisso, com alguns processos de avaliação. Se as pessoas não quiserem acreditar que quero vender, não há nada que eu possa fazer. Só vão acreditar que quero vender quando eu já tiver vendido? Se eu tiver 100% de certeza que a torcida do Vasco acha que eu sou o maior problema do Vasco, eu saio, eu saio agora."
- Pedrinho sobre SAF do Vasco
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