Operação policial mira grupo que desviou salários de Gabigol e outros jogadores

  • Gabgibol e Kannemann foram vítimas de golpes financeiros aplicados por bandidos
  • Delegado não descartou que outros jogadores famosos do Brasileirão tenham sido afetados
Gabigol foi uma das vítimas do golpe contra jogadores da Série A
Gabigol foi uma das vítimas do golpe contra jogadores da Série A / Pedro Vilela/GettyImages
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Nesta terça-feira (24), a Polícia Civil do Paraná realizou uma operação com o objetivo de desarticular uma organização criminosa investigada por aplicar golpes financeiros através da falsificação de documentos de jogadores que atuam no Brasileirão Série A. De acordo com informações da TV Globo, algumas das vítimas seriam Gabigol (Cruzeiro) e Kannemann (Grêmio).

Segundo a reportagem, os suspeitos teriam arrecadado pelo menos R$ 1,2 milhões após ter acesso aos valores das vítimas. As investigações começaram depois que as próprias instituições financeiras notaram as falsificações e denunciaram o esquema para a Polícia Civil. Uma fonte revelou á Globo que R$ 938 mil do salário de Gabigol foi desviado pela organização criminosa, sendo que apenas R$ 135 mil foram recuperados atualmente.

Kannemann
Kannemann também foi alvo de golpistas / Pedro H. Tesch/GettyImages

Dois mandados de prisão temporária estão sendo cumpridos em Curitiba, além de cinco mandados de busca e apreensão. Há também mandados sendo cumpridos na cidade de Tamandaré, localizado na região metropolitana do Paraná, além de Porto Velho (RO), Cuiabá (MT) e Lábrea (AM). Por fim, a Polícia Civil de Rondônia também está investigando se o grupo também atua na região. Após abrirem contas para solicitar a portabilidade de salários, o dinheiro roubado era disseminado via transferências para outros membros da organização para dificultar investigações.

A operação batizada de “Falso 9” e apoiada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública, aponta que as movimentações financeiras feitas por golpistas beneficiarem pessoas localizadas em Porto Velho e Cuiabá, sendo estes crimes de estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

"A documentação chegou para nós no fim do ano de 2024. Na análise do material, o início foi em agosto ou setembro de 2024. Apreendemos muito material, mais de 15 celulares, documentos, vamos identificar se pode haver outras vítimas famosas ou pessoas comuns. Ele tinha dois mandados [de prisão], nosso e de Rondônia, de um homem que aparentemente era o líder, responsável pela manutenção das contas e pela movimentação dos valores. Além dos dois mandados de prisão, tinha três ou quatro passagens por crimes de estelionato eletrônico."

Thiago Lima, delegado

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