Como estão as negociações do Corinthians com a Caixa para quitar a dívida da Neo Química Arena?
- Montante ultrapassa os R$ 700 milhões
- Proposta de renegociação está nas mãos do clube

O Corinthians segue tentando agir para conter a sangria causada pela atual crise financeira. A bola da vez é a dívida acerca da Neo Química Arena, casa do Alvinegro Paulista. A Caixa, financiadora do estádio, aponta para uma possível renegociação de dívida junto ao clube, que não tem tido condições de pagar a atual pendência financeira.
Recentemente, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Romeu Tuma Júnior, afirmou que o Timão não poderá realizar o pagamento do montante nas condições de parcelamento atuais.
Em 2022 na gestão de Duílio Monteiro Alves, houve um acordo e o banco aceitou a ampliação na carência do pagamento do financiamento, permitindo assim que o clube iniciasse o repasse dos juros somente no ano seguinte.
O valor da dívida da Caixa com o Corinthians
De acordo com entrevista cedida à ESPN, o presidente do banco Carlos Antônio Vieira Fernandes ouviu as declarações recentes do representante alvinegro e afirmou que, apesar de ainda não ter sido procurado, está aberto ao diálogo.
"A última proposta de quando a gente conversou com o Corinthians é uma proposta com a seguinte racionalidade: nós aceitaríamos pegar a garantia da dívida, ela viria de um fundo de investimento e nós venderíamos cotas desse fundo de investimento na base de R$ 100 para os torcedores. Se você [Corinthians] diz que tem 35 milhões de torcedores e pega 15 milhões deles com cada um comprando uma cota a R$ 100 sobraria dinheiro ainda para fazer um monte de coisa ainda. Tenho certeza que os torcedores do Corinthians estariam dispostos a contribuir para que isso acontecesse. Acho que isso revolucionaria a percepção sobre a administração de ativos dos clubes brasileiros."
- Carlos Antônio Vieira Fernandes
O Corinthians deve cerca de R$ 710 milhões à Caixa pela Neo Química Arena, estádio que passou a ser do Timão desde 2014, ano da conclusão das obras. Com a dívida crescendo cerca de 14,9% anualmente com base no CDI (Certificado de Depósito Interbancário), os reajustes aumentam gradativamente.
Alguns integrantes da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube, criou um financiamento coletivo para ajudar que arrecadou cerca de R$ 40 milhões que são abatidos do repasse dos juros anuais. A campanha foi prorrogada até o final de dezembro.
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