A maior carência do São Paulo pensando no segundo semestre de 2025
- Tricolor precisa de um camisa 9 que tenha faro de gol
- Clube está vivo na disputa por três competições
Por Bia Palumbo

Com apenas duas vitórias após 11 rodadas no Brasileirão, o São Paulo atualmente soma 12 pontos e ocupa o 13º lugar na tabela de classificação. O técnico Luis Zubeldía divide opiniões entre torcedores e tem contrato até esse ano. Se por um lado o time se classificou de forma antecipada ao mata-mata da Libertadores, do outro o aproveitamento de 36% no campeonato nacional liga o sinal de alerta pensando na sequência da temporada.
Um dos fatores que contribui para isso é o fato de pilares do time conviverem com problemas físicos ao longo da temporada. Em outros tempos a questão era a quantidade de jogadores no departamento médico, desta vez podemos dizer que o volume diminuiu, porém a gravidade das lesões e principalmente a função que desempenha tem feito a diferença.
Um exemplo que ilustra isso é Oscar. Principal contratação para temporada, o camisa 8 retornou ao país natal após ficar 12 temporadas no exterior e ainda sofre os efeitos da maratona de jogos com às vezes uma partida a cada três dias. Aos 33 anos, ele ficou quase três meses afastado desde o início do ano para se recuperar após alegar dores musculares.
Calleri também se enquadra neste grupo. O argentino foi diagnosticado com ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho em abril e foi operado. É um dos jogadores com melhor média em termos de participações em gols na temporada (sete em 18 jogos). Desde então André Silva ganhou mais espaço e jovens são utilizados quando o camisa 17 cumpre suspensão ou precisa descansar.
Ainda que a comissão técnica saiba que o orçamento para este ano seja reduzido é necessário ir ao mercado de olho em um "9" e um ponta de velocidade, ou seja, aquele que busca o drible e pode puxar contra-ataque. Ferreira possui esta característica, porém não é suficiente para um clube que está vivo em três competições e possui um calendário cheio para frente. Além do Campeonato Brasileiro e da Libertadores ainda tem a Copa do Brasil nos próximos meses.
Neste cenário, cabe à diretoria observar jogadores sem contrato ou que estão com pouco espaço em seus respectivos clubes e estejam dispostos a se adequar à realidade tricolor. Paralelamente a isso os são-paulinos e são-paulinas torcem para que haja um planejamento de utilização da base de forma gradual, para dar rodagem aos jovens, mas sem pular etapas para que o processo de transição seja realizado ao natural.
Leia mais notícias do futebol brasileiro:
feed