Justiça aprova pedido, e Vasco consegue antecipação de receitas por vendas de atletas; entenda
- Solicitação prevê a realização de projeto em caráter de urgência pelo clube
- Cruzmaltino precisará justificar uso do dinheiro recebido

Enfrentando crise financeira, o Vascou entrou com um pedido que foi protocolado na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para receber, de forma antecipada, parcelas referentes a vendas de Clayton e de Orellano, ao Rio Ave, de Portugal, e ao Cincinnati, dos Estados Unidos, respectivamente. A ação se faz necessário mediante o fato de o clube estar passando por um regime de recuperação judicial.
Dessa forma, após ter sido aceito seu pedido de autorização à juíza que cuida do processo de transações dessa natureza, o Vasco agorá precisará mostrar a destinação exata dos recursos captados. Futuras operações da mesma natureza não estão incluídas no presente pedido e novos pedidos podem ser necessários por parte dos dirigentes do clube.
Quanto o Vasco irá receber pelas vendas dos jogadores?
A venda do atacante Clayton, realizado ainda em 2024, rendeu 2 milhões de euros (totalizando R$ 12,9 milhões) ao Vasco. No acordo, o clube português acertou que realizaria o pagamento em duas parcelas: a primeira em 1 de setembro de 2026, e a segunda em 1 de setembro de 2027.
Por sua vez, ao acertar a venda do atacante argentino Luca Orellano, ao Cincinnati, o Cruzmaltino teria US$ 1,5 milhão (R$ 8,3 milhões à época). O vencimento da parcela única está prevista para o próximo 31 de janeiro.
Dessa forma, o Vasco buscou, junto ao pedido feito à Justiça, contar com os recebíveis em questão antes dos prazos estabelecidos a fim de "realizar projetos urgentes". A operação prevê custo entre 9% e 15,3% ao ano em euros (Clayton) e entre 11,6% e 15% ao ano em dólares (Orellano).
Trecho do pedido oficial da antecipação de receitas
"Essa opção mostra-se especialmente relevante em situações nas quais a Recuperanda enfrenta dívidas acumuladas ou necessita realizar projetos urgentes, como o pagamento de despesas correntes e manutenção da operação. Nessas circunstâncias, o valor antecipado é consideravelmente mais útil e estratégico do que o valor integral que seria recebido apenas ao longo dos próximos semestres ou anos.
O tempo é dinheiro, pois a liquidez imediata dos recursos permite à empresa responder rapidamente a suas necessidades financeiras, evitar custos adicionais e aproveitar oportunidades que podem se perder com a demora. Adiar o recebimento implica risco e perda de valor, especialmente em contextos de instabilidade econômica e urgência".
Confira os incisos da Lei
B – DETERMINO que as Recuperandas promovam a abertura de incidente processual de prestação de contas, de natureza informativa e fiscalizatória, para que apresentem, mensalmente, a destinação exata dos recursos captados, com a alocação detalhada por centro de custo e finalidade;
C – INDEFIRO o pedido contido no item “b” de index: 209575760. Dessa forma, caberá às Recuperandas apresentarem eventuais operações futuras de mesma natureza a este Juízo, ao representante do Ministério Público e à Administração Judicial Conjunta, ainda que dispensada a autorização formal (ativo circulante), de modo a assegurar o devido acompanhamento e rastreabilidade dos fluxos financeiros;
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