5 fatores que explicam a campanha histórica do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes
- Tricolor Carioca está nas quartas de final do torneio
- Destaques individuais e "time solidário" vêm fazendo a diferença pelo Fluminense
Por Nathália Almeida

Contrariando a lógica e a matemática que o apontava como o maior "azarão" dentre os classificados ao mata-mata, o Fluminense está nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes. Com um jogo heroico, marcado pela entrega, organização e inteligência tática, o Tricolor Carioca venceu por 2 a 0 a Inter de Milão no Hard Rock Stadium, se garantindo entre os oito melhores times do mundo.
A campanha especial da equipe das Laranjeiras nos Estados Unidos não é obra do acaso, muito pelo contrário. É o resultado de um conjunto de fatores e méritos que merecem ser destacados. A seguir, o 90min elenca os principais deles.
1. Genialidade de Jhon Arias
Eleito o melhor jogador da partida em 3 dos 4 jogos do Fluminense no torneio, o colombiano está fazendo o torneio de sua vida. Onipresente em campo, se desdobra para brilhar no ataque e ajudar na defesa. Todo o jogo ofensivo da equipe passa pelos seus pés, se destacando principalmente pela capacidade de reter a bola e pela intensidade.
2. Liderança de Thiago Silva
Aos 40 anos de idade, o "Monstro" vai provando que ainda tem muito combustível no tanque para queimar. Líder técnico dentro das quatro linhas e líder moral nos vestiários, vem sendo a referência do sistema defensivo tricolor, impecável nos duelos pelo alto e pelo chão. Outro aspecto que o diferencia é a sua capacidade de elevar o nível e a confiança de seus companheiros de zaga.
3. Estratégias acertadas de Renato Gaúcho
Consciente das limitações de seu elenco, Renato Gaúcho vem dando "aula" de como gerenciar um grupo de jogadores e como extrair o melhor de seu time – fazendo as mudanças, adaptações e alterações táticas necessárias com base no contexto e no que cada adversário vai exigir do Fluminense. Sob seu comando, o Tricolor Carioca atuou de quatro formas diferentes nos quatro jogos que disputou no Mundial. E as estratégias se provaram muito acertadas.
4. Escolha por um meio-campo leve, intenso e dinâmico
Mais um mérito de Renato Gaúcho: ter a coragem de barrar Paulo Henrique Ganso, que é um ídolo do clube, não é pra qualquer um. Mas entendendo a necessidade de colocar em campo uma formação com mais "pulmão", o treinador tricolor vem apostando em Hércules/Bernal, Martinelli e Nonato, meio-campo leve, dinâmico e intenso. A trinca vem funcionando muito bem.
5. Solidariedade coletiva de um "time operário"
Por fim, outro fator que vem sendo o diferencial para a campanha histórica do Fluminense é a solidariedade coletiva de um elenco que sabe que não está entre os melhores do Mundial, mas que vem se destacando pela disciplina tática e por "comprar as ideias" de seu treinador. Coadjuvantes no Tricolor, nomes como Ignácio e Renê fazem um belo torneio até aqui.
Leia mais sobre a Copa do Mundo de Clubes em:
feed