A estratégia do Vasco para equilibrar as contas e segurar talentos como Rayan

  • Cruzmaltino vive crise financeira e ainda trava batalha judicial com a 777 Partners
  • Atualmente clube possui 30% das ações da SAF
Rayan fez o gol do Vasco no último final de semana contra o Flamengo
Rayan fez o gol do Vasco no último final de semana contra o Flamengo / MAURO PIMENTEL/GettyImages
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O Vasco recusou recentemente sondagens do futebol europeu pelo atacante Rayan, destaque do time na temporada. Ele virou titular absoluto desde a chegada do técnico Fernando Diniz, em maio, e a diretoria então conseguiu manter o jovem formado nas categorias de base com a ideia de que ele pode valorizar ainda mais futuramente.

Em contrapartida, na última janela de transferências negociou os zagueiros João Victor e Luiz Gustavo, por exemplo.

A diretoria então deu entrada em um processo de recuperação judicial solicitou um financiamento conhecido como DIP (Debtor in Possession), como explicou Felipe Carregal Sztajnbok, vice-presidente jurídico do Vasco. De acordo com o site ge, o aporte pode chegar ao valor de R$ 80 milhões e seria usado "exclusivamente para despesas correntes como salários, fornecedores estratégicos e obrigações trabalhistas e fiscais".

" Sobre uma potencial negociação do Rayan para aliviar o caixa, vale ressaltar que a venda de jovens talentos do clube para pagar dívidas foi prática comum no passado. A atual diretoria, ao contrário, fez um esforço para manter o jogador, peça importante do elenco e ativo estratégico de longo prazo."

Felipe Carregal ao site ge
Rayan
Rayan tem 11 gols neste ano, sendo seis no Brasileirão / Wagner Meier/GettyImages

Vasco x 777 Partners

O clube ainda enfrenta um processo com um antigo investidor, a 777 Partners, sobre as ações da SAF. A empresa norte-americano tem 31% das ações da SAF, o Vasco tem 30% e haverá um julgamento para saber quem fica com os outros 39%. No último balanço financeiro de 2024 divulgado este ano a dívida da SAF estava na casa de R$ 1,2 bilhão.

Ainda de acordo com Carregal, "o fluxo de caixa foi comprometido por dívidas assumidas de forma irresponsável pela 777, muitas delas com vencimento imediato. Por isso, o empréstimo - necessário para equilibrar as contas sem abrir mão da responsabilidade financeira - já estava previsto tanto no pedido de recuperação judicial quanto no plano apresentado. Essa necessidade foi exposta de forma clara e transparente em todas as apresentações internas realizadas antes da formulação do pedido de recuperação judicial, inclusive para conselheiros e demais poderes do clube".

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