Os erros e acertos do São Paulo contra o Atlético Nacional na Libertadores

  • Tricolor sofreu demais no primeiro jogo das oitavas de final
  • Equipe colombiana perdeu dois pênaltis e ainda acertou duas bolas na trave
Atlético Nacional dominou, mas não matou o jogo
Atlético Nacional dominou, mas não matou o jogo / JAIME SALDARRIAGA/GettyImages
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Empate com sabor de vitória. O placar de 0 a 0 em Medellín foi melhor para o São Paulo do que para o Atlético Nacional no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. A equipe comandada por Hernán Crespo "saiu no lucro", afinal viu o adversário acertar duas bolas na trave com Marlos Moreno e Hinestroza. Além disso foram dois pênaltis perdidos cobrados por Cardona. O confronto terminou com 19 finalizações dos donos da casa contra apenas cinco do representante brasileiro.

A decisão para a próxima fase acontece semana que vem, mais precisamente na terça-feira (19) no Estádio Morumbis, na capital paulista. Em caso de novo empate haverá disputa de penalidades, sem prorrogação.

Falta de pontaria

O chute de André Silva que estava livre dentro da área de frente para o gol e subiu demais representa a inoperância do setor ofensivo tricolor. O time mal incomodou o experiente arqueiro Ospina - que trabalhou praticamente na reposição de bola e não foi exigido a fazer nenhuma defesa difícil - e a maioria das finalizações eram bloqueadas pela defesa colombiana. Luciano apareceu mais, mas mesmo assim também não conseguiu levar perigo.

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Artilheiro do São Paulo em 2025, com 13 gols, André Silva não marca há sete jogos / JAIME SALDARRIAGA/GettyImages

As tentativas de fora da área podem ser uma alternativa quando a partida está travada, ou então jogadas individuais, mas nenhum destes recursos foi aproveitado pelos visitantes. Enquanto Hinestroza deixava os rivais desconsertados e precisava de atenção redobrada, os são-paulinos mal conseguiam trocar passes. Quando Ferreirinha entrou em campo, invadiu a área e partiu para cima da zaga quase deixou o dele, mostrando que é algo que precisa ser mais explorado.

Transição ofensiva

A falta de criatividade para criar jogadas ganhou um ingrediente importante no decorrer da partida. Acionado no segundo tempo, o meio-campista Rodriguinho demonstrou que pode dar outra dinâmica ao time. Com características semelhantes ao do lesionado Oscar, contribui na criação e finaliza, mais agudo do que Alisson, por exemplo. O camisa 25 encontra dificuldade para retomar o futebol que apresentava antes da lesão.

Rodriguinho
O jovem Rodriguinho, de 21 anos, é cria das categorias de base / Sports Press Photo/GettyImages

Rafael decisivo

O goleiro acertou o canto nas duas penalidades cobradas pelo rival. Em uma delas o adversário bateu para fora e na outra o ex-Cruzeiro espalmou, tendo responsabilidade direta pelo time sair sem sofrer gols pela segunda partida consecutiva.

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Rafael foi praticamente o único ponto positivo do Tricolor na Colômbia; Sabino também teve boa atuação / JAIME SALDARRIAGA/GettyImages

"Eu falei que ia esperar no primeiro pênalti que eu já tinha acertado, no segundo também eu esperei um pouco porque ele podia bater no meio, mas fui feliz e pude ajudar a equipe. O mérito é de todos, queríamos ter ganhado, mas num jogo difícil como esse, temos que valorizar o empate."

Rafael, goleiro

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