Corinthians afasta o presidente Augusto Melo; veja os próximos passos no processo de impeachment
- Empresário paranaense de 61 anos foi afastado do cargo por conselheiros
- Votação ocorre em meio à semana decisiva para o elenco comandado por Dorival Jr
Por Bia Palumbo
Os conselheiros do Corinthians aprovaram o afastamento do presidente Augusto Melo nesta segunda-feira (26) após uma reunião no Conselho Deliberativo realizada durante a noite na sede social do Parque São Jorge, na zona leste de São Paulo (SP). A votação que acabou por volta das 21h reuniu 234 conselheiros e a maioria decidiu tirar o atual mandatário do cargo, com 176 a favor, 57 contra e um em branco.
Com este resultado, o empresário Osmar Stábile assume temporariamente a presidência e o advogado Armando Mendonça fica como vice. Augusto nem esperou a votação. Ele pediu a palavra minutos antes do pleito começar, fez um pronunciamento no Salão Nobre e em seguida deixou o clube, depois ainda publicou uma mensagem nas redes sociais.
"Não é renúncia! Me recuso a participar de uma reunião que, infelizmente, está definindo o futuro do nosso amado Clube. (...) Não vou desistir! Até logo!"
- Augusto Melo
Por que Augusto Melo foi afastado do Corinthians?
A Polícia Civil de São Paulo indiciou Augusto Melo por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro pelo acordo com a antiga patrocinadora Vaidebet. Então membros da oposição convocaram os conselheiros para avaliar se o mandatário merecia continuar no cargo, abrindo processo de impeachment que se arrasta há cerca de seis meses.
"O presidente não acompanhou a votação porque estava profundamente abalado. A relação com o presidente do Conselho Deliberativo foi amistosa, sem intempéries. Ele diz que não vai renunciar porque se considera inocente. É um momento delicado, complicado e muito impactante da história do clube."
- Ricardo Cury, advogado de Augusto Melo
De acordo com o estatuto do clube, a partir de agora o presidente do Conselho, Romeu Tuma Jr, possui cinco dias para convocar os cerca de 3 mil associados para uma assembleia geral que decide se o sucessor de Duílio Monteiro Alves retorna para cumprir o mandato ou se haverá nova eleição para saber quem fica até o final de 2026.
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