Consultoria confirma dívida bilionária do Corinthians e sugere alternativas à crise
- Gestão do Timão busca soluções para equilibrar as suas finanças
- Empresa encontra contratos lesivos ao Alvinegro
Por Aniele Lacerda

Em crise financeira, o Corinthians segue em busca de soluções para contornar a situação. Nos últimos meses, a gestão do Timão contratou uma empresa especialista em consultoria de finanças, a Ernst & Young (EY). No entanto, os relatórios da análise interna não trouxeram boas notícias para o Alvinegro. A organização confirmou que a dívida do clube é bilionária e apontou contratos que possuem cláusulas lesivas.
A Ernst & Young foi contratada ainda pela gestão de Augusto Melo. No entanto, o mandatário não pagou o valor acordado para a consultoria. Com isso, os documentos foram entregues recentemente ao atual presidente do Timão, Osmar Stabile, após o mesmo quitar a dívida. O GE apurou que os documentos não foram divulgados na íntegra, escapando apenas alguns detalhes da última reunião que aconteceu durante esta semana.
Qual a solução da consultoria para a crise financeira do Corinthians?
Após analisar as finanças e os principais contratos do Timão, a Ernst & Young sugeriu que a melhor opção para a gestão é solicitar recuperação judicial. Esta seria uma das soluções para o Corinthians conseguir otimizar as suas contas. Além disso, sugeriu que o clube reduza as suas despesas e amplie a arrecadação de receitas.
Todavia, apenas a redução das despesas não será suficiente para o equilíbrio das finanças do Timão a curto prazo. Nos relatórios, a empresa de consultoria sugeriu que a direção busque opções com recuperação judicial ou extrajudicial. Os executivos da EY ainda indicaram que o clube precisa aderir o Regime Centralizado de Execuções (RCE).
Vale destacar que o Corinthians já tem um RCE em andamento, mas esse abrange apenas R$ 367 milhões em dívidas. Mesmo com essa opção, o cenário financeiro atual do Timão é bem delicado. O clube deve em aquisições de jogadores e inclusive enfrenta algumas condenações junto à Fifa. Entre elas, a punição pelo não pagamento da compra de Félix Torres junto ao Santos Laguna, o que culminou em um transfer ban.
EY aponta cláusulas lesivas em contratos
A análise dos contratos apontaram cláusulas que são lesivas para a gestão do Alvinegro. No total, a empresa verificou detalhadamente sete documentos, entre eles o que trata sobre o fornecimento de bebidas e alimentos na Neo Química Arena. O GE apurou que Augusto Melo estendeu o vínculo com a fornecedora por mais cinco anos, pouco antes de deixar a presidência do clube.
Um outro contrato prejudicial para o Alvinegro é com a empresa Indigo, responsável por administrar o estacionamento do estádio do Timão. A parceria teve início em 2018 e a expectativa era para um alto faturamento. No entanto, a pandemia contribuiu para a redução do público no local e atualmente a arrecadação é mínima. Com isso, a gestão do Corinthians não tem lucro. Em uma nota oficial, a diretoria esclareceu que os documentos são protegidos com cláusulas de confidencialidade e sigilo.
"O Corinthians salienta que os contratos analisados são protegidos por cláusula de sigilo e confidencialidade, bem como o próprio contrato de consultoria da EY."
- Nota oficial Corinthians
Qual o valor atual da dívida do Timão?
De acordo com dados que foram divulgados, a Ernst & Young apontou que a atual dívida do Corinthians é de R$ 2,7 bilhões. Em 2024, o montante dos débitos do clube paulista era R$ 2,2 bilhões. Apesar do cenário delicado, a empresa de consultoria indicou opções importantes para otimização das contas.
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